O candidato da direita José
Antonio Kast foi eleito presidente do Chile nesse domingo (14), ao derrotar no
segundo turno Jeannette Jara, do Partido Comunista. Ele assumirá o comando do
país em março do próximo ano, quando receberá a faixa presidencial de Gabriel
Boric, no Palácio de La Moneda.
Após a divulgação do
resultado, Jara telefonou para Kast e reconheceu a derrota. Em publicação nas
redes sociais, afirmou que “a democracia falou alto e claro” e desejou sucesso
ao presidente eleito. Em discurso posterior, agradeceu aos eleitores e disse
que fará uma “oposição firme” ao novo governo. Boric também parabenizou Kast e
prometeu facilitar o processo de transição; os dois devem se reunir nesta
segunda-feira (15).
Com mais de duas décadas de
trajetória política, Kast chega ao poder embalado pelo desgaste do governo de
esquerda. Para o cientista político David Altman, da Pontifícia Universidade
Católica do Chile, o resultado reflete menos uma radicalização do eleitorado e
mais um abandono do campo progressista. “As pessoas deixaram a esquerda e, sem
um centro forte, migraram para a direita”, avalia.
Durante a campanha, Kast
defendeu uma agenda de linha dura na segurança e na imigração, inspirada em
políticas dos Estados Unidos e de El Salvador. Admirador de Jair Bolsonaro e de
Donald Trump, ele promete endurecer o controle de fronteiras, criar uma força
policial especializada contra imigração irregular e adotar um plano econômico
liberal, com menos impostos e menos regulamentação. Conservador nos costumes,
reafirmou que pretende restringir o aborto e manter sua posição contrária à
pílula do dia seguinte.
Com informações da CNN

Nenhum comentário:
Postar um comentário