O Ministério Público do Estado
do Rio Grande do Norte (MPRN),
com apoio da Polícia Militar, deflagrou nesta quinta-feira 18 a operação Ícaro
para combater o tráfico
de drogas e crimes relacionados nos municípios de Canguaretama e
Goianinha, além de cidades vizinhas. A ação teve como alvo uma associação
criminosa investigada pela comercialização de entorpecentes na região.
De acordo com o MPRN, as
investigações identificaram que o grupo utilizava aplicativos de mensagens para
coordenar a entrega de drogas e controlar o estoque dos produtos ilícitos. A
organização funcionava com divisão de tarefas entre fornecedores, vendedores e
mototaxistas responsáveis pela distribuição aos clientes.
A operação contou com a
participação de dois promotores de Justiça e 16 servidores do MPRN. A Polícia
Militar atuou com um efetivo de 52 policiais, incluindo equipes do canil, para
garantir a segurança e o cumprimento das ordens judiciais. A mobilização conjunta
buscou atingir a estrutura financeira e operacional da associação criminosa.
Por solicitação do MPRN, a
Justiça do Rio Grande do Norte autorizou o cumprimento de três mandados de
prisão provisória e oito mandados de busca e apreensão domiciliar e pessoal. As
diligências ocorreram em endereços localizados nos municípios de Canguaretama e
Goianinha, incluindo residências e um estabelecimento comercial apontado como
local de guarda de materiais ilícitos e de gerenciamento das atividades do
grupo.
Durante a operação, foram
apreendidos armas, inclusive um fuzil, drogas, dinheiro, balanças de precisão,
aparelhos celulares e cadernos com anotações. Dois homens foram presos em
flagrante e um menor de idade foi apreendido.
Segundo o MPRN, além dos
crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico, as apurações incluem
suspeitas de homicídio, tortura, roubo, ameaça e posse ilegal de armas de fogo.
As investigações também apontaram que parte dos envolvidos atuava a partir das
próprias residências, utilizando celulares para manter o comércio de drogas
ativo. Alguns investigados já respondem a ações penais anteriores por crimes
semelhantes, e um deles é considerado foragido do sistema penitenciário.
O material apreendido na
operação Ícaro será analisado pelo MPRN para verificar a participação de outras
pessoas no esquema e a eventual prática de novos crimes.


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