Na pauta sobre o câncer de
mama, além da relevância do diagnóstico precoce, outro ponto primordial é a
assistência à mulher após o estágio de descoberta da doença. Segundo dados dos
Registros Hospitalares de Câncer(RHC) do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o
Rio Grande do Norte é o estado do país com o menor tempo de espera entre o
diagnóstico e o início do tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Ao
todo, as pacientes aguardam em média 120 dias, número positivo em relação à
média nacional de 174 dias.
Na
sequência ao estado potiguar, Goiás e Piauí apresentam o melhor tempo de espera
com, respectivamente, 125 e 135 dias. Por outro lado, o cenário fica negativo
em três estados do Nordeste, Norte e Sul, são eles: Sergipe, com 273 dias em
média de aguardo; Rondônia com tempo médio de 245 dias e Mato Grosso com 233
dias. Os dados correspondem ao período de 2015 a 2020 e foram analisados no
estudo “Panorama da Atenção ao Câncer de Mama no Sistema Único de Saúde”,
realizado entre o Instituto Avon e o Observatório de Oncologia.
De
acordo com a sondagem, cerca de 62% das pacientes diagnosticadas levaram mais
de 60 dias para iniciar seu tratamento no SUS. Quando considerado o panorama
nacional, o estudo aponta que o Brasil possui baixa cobertura de mamografias,
grande proporção de diagnósticos tardios e dificuldades no acesso ao
diagnóstico e, principalmente, no tratamento do câncer de mama.
Ainda,
segundo informações do INCA, o tempo para início do tratamento teve aumento
significativo conforme o aumento da faixa etária da paciente. Enquanto mulheres
entre 20 e 29 anos aguardaram em média 112 dias para começar o tratamento do
câncer de mama, as que correspondem às idades entre 50 e 59 anos esperaram
cerca de 179 dias. Já as com idade entre 60 e 69 anos esperaram em média 191
dias.
Via:
Tribuna do Norte
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