O
Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira (9) manter
a aplicação do prazo de inelegibilidade da Lei da Ficha Limpa,
norma que entrou em vigor em 2010 para barrar a candidatura de
condenados pela Justiça. Após a aprovação da norma, políticos
condenados por decisão transitada em julgado ou proferida por órgão
judicial ficaram impedidos de concorrer às eleições por 8 anos,
contados após o cumprimento da pena.
A lei foi declarada constitucional pelo Supremo em 2012, mas a aplicação do trecho que definiu o prazo de inelegibilidade foi questionada recentemente por meio de uma ação do PDT. O julgamento foi motivado por uma decisão proferida em dezembro de 2020 pelo ministro Nunes Marques, relator do caso.
O ministro atendeu ao pedido do partido e restringiu a aplicação da contagem do prazo. Para o ministro, a norma deveria ter previsto uma forma de detração da pena, porque o período de inelegibilidade não pode passar de 8 anos. Antes da decisão, o tempo de cumprimento da medida ficava indefinido, dependendo do fim do processo, podendo passar de 10 anos ou mais.
Via: Agência Brasil
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