segunda-feira, 28 de março de 2022

REFLEXÃO: No sufoco das dívidas

Ninguém gosta de falar sobre dívidas! Uns porque acabaram de sair dos seus braços, outros não gostam de falar sobre o assunto porque imediatamente lembram que têm contas em atrasos, e outros ainda que as dívidas estejam em dias, não querem lembrar delas porque lhe roubam o humor. Entretanto, é fundamental falar sobre contas, compromissos financeiros, dívidas, contas à receber etc. Afinal, vivemos num mundo globalizado, totalmente capitalista e altamente consumista.

Há pessoas que reclamam por quê os bancos lhe mandaram cartões de crédito. Ora, o banco lhe deu o crédito por meio de um cartão, você é que não estava preparado para ter ou fazer uso do crédito recebido. Você já reparou nas propagandas de vendas de produtos? Elas dizem: “Não deixe pra amanhã, ligue agora mesmo e receba X de descontos” outras dizem: “Ligando agora mesmo você leva outro totalmente de graça e ainda poderá dividir no seu cartão de crédito, e a primeira para daqui a 60 dias”.

Bem, disso você já sabe. E por que compramos compulsivamente, e tantas vezes coisas que nem precisamos? Há coisas realmente que precisamos, mas, algumas destas coisas podem esperar. Há dias atrás vi uma reportagem a qual divulgava o resultado assustador de uma pesquisa: 47% da população brasileira está com dívidas. 47% representa quase 90 milhões de pessoas endividada. E deste número assustador, 10% (cerca de 9 a 10 milhões de pessoas) não têm a menor condição de quitar a dívida, e esta dívida com o passar do tempo vira a famosa bola de neve, e o início de uma duradora depressão e causas de insônia.

Não se deixe enganar! Cuidado com as promoções, propagandas, anúncios mágicos. Poder aquisitivo pra muitos não é bênção, é problema. Compre o necessário, pesquise, veja sempre se cabe no seu orçamento; ou você é mais um que mesmo sem poder deseja pelo menos parecer. Se programar, dialogar, ver o que não pode deixar de comprar e o que pode esperar... e por fim fazer compras com responsabilidade e consciência.

Texto: Gleyber Miranda

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