A Sondagem das Indústrias Extrativas e de Transformação do Rio Grande do Norte, elaborada pela FIERN, revela que, de acordo com a avaliação dos empresários, a produção industrial potiguar voltou a crescer em fevereiro, após dois meses de queda. Entretanto, o incremento da produção, não foi suficiente para estimular o emprego que registra a quinta retração seguida (indicador de 44,7 pontos). O nível médio de utilização da capacidade instalada (UCI) atingiu 71%, o que representa alta de 2 pontos percentuais na comparação com janeiro (69%). Com esse resultado, a UCI está 3 pontos percentuais acima do valor registrado em fevereiro de 2021 (68%) e 1 ponto percentual sobre sua média histórica (agora em 70%).
Ainda assim, na percepção dos empresários potiguares, a utilização da capacidade está abaixo do usual para o mês (indicador de 48,2 pontos), comportamento que se vem repetindo ininterruptamente desde agosto de 2018. Além disso, os estoques de produtos finais voltaram a cair e ficaram abaixo do nível planejado pelo conjunto da indústria.
Os índices de expectativa dos empresários recuaram em março de 2022. Os industriais potiguares ainda esperam aumento da demanda, nas compras de matérias-primas e nas exportações, mas o otimismo se reduziu. Contudo, esperam queda no número de empregados nos próximos seis meses. O índice de intenção de investimento, por sua vez, recuou 7,7 pontos em março, para 56,8 pontos (contra 64,5 pontos do levantamento anterior). Apesar da queda, o indicador mantém-se 0,3 ponto sobre o valor registrado em março de 2021 (56,5 pontos) e 6,8 pontos acima de sua média histórica (agora em 50,0 pontos).
Quando comparados os dois portes de empresa pesquisados, observam-se, em alguns aspectos, comportamento divergente. As pequenas indústrias apontaram queda na produção; utilização da capacidade instalada (UCI) abaixo do usual para meses de fevereiro; estoques de produtos finais abaixo do planejado; as expectativas para os próximos seis meses são de queda na demanda, nas compras de matérias-primas e nas exportações; mesmo assim, o indicador da intenção de investimento voltou a subir, após registrar duas quedas seguidas. As médias e grandes empresas, por sua vez, assinalaram aumento na produção; UCI efetiva acima do usual para o período; estoques de produtos finais dentro do nível desejado; e perspectivas otimistas quanto a evolução da demanda, das compras de insumos e das vendas externas nos próximos seis meses. Já a intenção de investimento voltou a cair.
Comparando-se os indicadores avaliados pela nossa Sondagem Industrial com os resultados divulgados nessa quinta-feira, 17, pela CNI para o conjunto do Brasil, observa-se neste desempenho divergente em algumas variáveis: os empresários apontaram queda na produção (indicador 47,9 pontos); estoques de produtos finais em alta (50,5 pontos) e pouco acima do planejado (50,4 pontos); e preveem crescimento no número de empregados nos próximos seis meses (51,6 pontos).
EVOLUÇÃO MENSAL DA INDÚSTRIA
Os resultados da Sondagem das Indústrias Extrativas e de Transformação do Rio Grande do Norte, realizada entre os dias 3 e 11 de março de 2022, mostram que a atividade industrial potiguar voltou a crescer em fevereiro, após duas quedas consecutivas. Ressalte-se que esse é o maior valor para um mês de fevereiro de toda a série histórica iniciada em 2010.
Via: Blog do FM
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