A prefeitura de Mariupol, no sul ucraniano, afirma que a invasão russa causou a morte de 5 mil civis. A região está sitiada há mais de 20 dias.
Nesta segunda-feira (28/3), o prefeito de Mariupol, Vadym Boichenko, afirmou que o Exército russo “prendeu” milhares de moradores na cidade sem energia e com poucos suprimentos. Segundo a prefeitura, 90% dos prédios foram danificados e 40% destruídos, incluindo hospitais, escolas, creches e fábricas. Cerca de 140 mil pessoas fugiram da cidade. “A situação continua difícil. As pessoas estão além da linha de catástrofe humanitária”, denunciou Boichenko.
Cidade colapsada
Nos últimos dias, Mariupol se tornou um dos principais alvos de ataques. Segundo autoridades ucranianas, 100 mil pessoas estavam na região e não conseguiram fugir. A Rússia já tem o controle de regiões separatistas, como Donbass e a Crimeia — região anexada ao território russo em 2014.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, já admitiu que a situação no local é “desumana”. Na noite da terça-feira (22/3), em pronunciamento gravado, o líder da Ucrânia afirmou que a cidade estava sem acesso a comida, água e remédios. “Vamos lutar o máximo que pudermos. Até o fim e com todas as nossas forças”, frisou.
“Estratégica”
Mariupol — área considerada estratégica pela Rússia, por sua posição geográfica — estava há mais de 20 dias cercada, mas os militares não haviam conseguido tomar o poder. A Human Rights Watch descreveu a cidade como “uma paisagem infernal congelante repleta de cadáveres e prédios destruídos”. Segundo o governo ucraniano, 93% das residências foram devastadas pela guerra.
Autoridades locais disseram que duas bombas grandes foram atiradas em direção à cidade. Para o governo da região, os russos teriam a intenção de dizimar Mariupol. Sob ataques constantes e em colapso, Mariupol é o último grande centro ucraniano a resistir na faixa entre a Crimeia e o território russo.
Via: Metrópole
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