A Polícia Federal deflagrou,
na manhã desta sexta-feira (8/11), a Operação Centenária, que investiga o
recebimento indevido de aposentadoria e pensão por morte por uma mulher que,
atualmente, teria 100 anos de idade.
A fraude envolveu a
falsificação de documentos, desvio de recursos públicos e vinha sendo praticada
há três anos. Os policiais cumpriram um mandado de busca e apreensão,
expedido pela 2ª Vara da Justiça Federal/RN. A investigação teve início após um
alerta da Receita Federal, que identificou o uso de um documento de identidade
falso utilizado para reduzir a idade de uma viúva de um ex-servidor da
instituição, hoje falecida.
A PF, ao aprofundar as
análises, descobriu que a falsificação foi realizada pela filha da mulher, que
utilizou uma foto própria junto com o documento adulterado para alterar os
dados cadastrais do CPF da mãe e continuar recebendo os benefícios após seu falecimento,
ocorrido em setembro de 2021. A motivação da fraude foi a continuidade do
recebimento de dois benefícios indevidos. O primeiro, de uma aposentadoria de
professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), no valor
mensal de R$ 4.952,00.
Já o segundo benefício era uma
pensão por morte, proveniente do ex-servidor da Receita Federal, que pagava
mensalmente cerca de R$ 26 mil. A Polícia Federal estima que a fraude
tenha causado um prejuízo de mais de R$ 1 milhão aos cofres públicos. A pessoa
investigada poderá responder pelos crimes de estelionato qualificado,
falsificação de documento público e uso de documento falso.
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