A direção do Partido
Social-Democrata da Alemanha (SPD) anunciou nesta segunda-feira (25/11) ter
escolhido por unanimidade entre seus 33 membros o chanceler federal alemão,
Olaf Scholz, como candidato à reeleição nas eleições gerais antecipadas,
agendadas para 23 de fevereiro.
O anúncio foi feito pela copresidente do SPD Saskia Esken em uma coletiva de imprensa na sede do partido em Berlim. Os membros da legenda deverão validar a decisão em um congresso que acontecerá no próximo dia 11 de janeiro. A votação, entretanto, é considerada apenas uma formalidade. Esken, juntamente com o outro copresidente do SPD, Lars Klingbeil, e o próprio chanceler, apresentaram a decisão da direção de um partido que confia mais uma vez em Scholz para liderar o país após a crise política desencadeada pela demissão do então ministro das Finanças e líder do Partido Liberal Democrático (FDP), Christian Lindner.
A decisão de Scholz causou o colapso da coalizão governamental tripartite que SPD, Partido Verde e FDP formavam desde o final de 2021. O chefe de governo ainda se submeterá a um voto de confiança no Bundestag, a câmara baixa do Parlamento alemão, em 16 de dezembro. Sua derrota é tida como certa, o que levará à dissolução do Parlamento e à antecipação das eleições, que originalmente estavam programadas para setembro.
Apoio “combativo” a Scholz
“O SPD está entrando em modo de campanha”, disse Klingbeil depois de explicar que a liderança do partido apoiou a candidatura de Scholz “de forma decidida” e com atitude “combativa”. Em seguida, Scholz tomou a palavra para agradecer a nomeação e prometer lutar na próxima campanha eleitoral, em que o SPD defenderá, segundo ele, uma política que faça o país “sair bem de situações difíceis”, como aquelas enfrentadas atualmente pela Alemanha, a maior economia da Europa e a terceira maior do mundo.
Scholz declarou que defenderá
uma política que mantenha o apoio à Ucrânia contra a invasão da Rússia, que
assegure empregos no país, e que melhore a vida de aposentados, inquilinos com
problemas no mercado habitacional e jovens famílias. Também prometeu apresentar
“propostas inteligentes” para financiar tudo de que o país precisa.
O chanceler defendeu ainda que
o “potencial de voto” do seu partido é elevado, apesar de as pesquisas de
intenção de voto apontarem o SPD atualmente como a terceira força política do
país, com 14% do apoio do eleitorado, atrás da ultradireitista Alternativa para
a Alemanha (AfD), com 19%, e distante da aliança conservadora CDU/CSU, com 32%.
Via: Metrópoles
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