A partir desta segunda-feira
(4), o Ministério da Saúde irá promover uma mudança no esquema vacinal contra a
poliomielite, substituindo as tradicionais doses de reforço da vacina oral
(gotinhas) por uma dose injetável. Com essa alteração, todo o esquema vacinal
passará a ser realizado com a vacina inativada poliomielite (VIP).
Atualmente, as crianças
recebem três doses da VIP aos 2, 4 e 6 meses de idade, seguidas de duas doses
de reforço da vacina oral poliomielite bivalente (VOP) aos 15 meses e aos 4
anos. Com a nova estratégia, as cinco aplicações serão feitas com doses injetáveis,
conforme o seguinte cronograma:
– Primeira dose aos 2 meses;
– Segunda dose aos 4 meses;
– Terceira dose aos 6 meses;
– Reforço aos 15 meses.
A mudança foi motivada por
critérios epidemiológicos e evidências científicas que indicam que a vacina
injetável proporciona uma proteção mais eficaz. Segundo o ministério, países
como os Estados Unidos e diversas nações europeias já utilizam esquemas vacinais
exclusivamente com a VIP, o que embasa a decisão brasileira.
A pasta já enviou
recomendações aos estados para que desenvolvam ações e preparem os municípios
para essa transição. O objetivo é garantir que a mudança ocorra de forma fluida
e segura, evitando qualquer interrupção na imunização das crianças. A nova estratégia
é vista como mais um passo na luta pela erradicação da poliomielite no Brasil,
que não registra casos da doença há 34 anos. Dados da Rede Nacional de Dados em
Saúde (RNDS) revelam que, em 2023, a cobertura vacinal para poliomielite
atingiu 86,55%, um aumento significativo em relação aos 77,20% registrados em
2022.
A adoção da vacina injetável,
segundo o ministério, não apenas reforça o compromisso do Brasil com a saúde
infantil, mas também busca garantir que a imunização continue a avançar de
forma robusta, mantendo o país livre da poliomielite e protegendo as novas
gerações.
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