Em desacordo com a parcela
estipulada pelo governo federal para auxílio emergencial 2021, o deputado Túlio
Gadêlha (PDT) apresentou emenda à Medida Provisória (MP) 1039, que trata do
auxílio, com o intuito de alterar a remuneração mensal de R$ 250,00 para R$
600,00 por beneficiário que tenha família. Para o pedetista, o valor sugerido
pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não cobre despesas
básicas, que foram agravadas com a pandemia da Covid-19.
O
deputado pernambucano também sugere um acréscimo de R$ 300, totalizando,
portanto, R$ 900 à prestação do benefício para as mulheres que sustentam os
seus lares sozinhas. Após pressões sociais, a MP de Bolsonaro retomou o auxílio
emergencial por R$ 375 para mães solo. “Acreditamos que os valores propostos
inicialmente não são suficientes para uma família poder ter o mínimo para o seu
sustento”, destacou Túlio, que também frisou o aumento no preço da cesta
básica, que está cerca de R$ 500,00, o que agrava a situação da população mais
pobre. “Muito maior do que o valor proposto por Bolsonaro”, disparou.
A
expectativa é que a proposta de emenda apresentada pelo deputado pedetista seja
votada ainda nesta semana no plenário da Câmara Federal junto à Medida Provisória
do Auxílio Emergencial 2021. Em seguida, a MP seguirá para o Senado, onde
também passará por votação. Se houver modificação retorna para a Câmara.
Cenário
nacional – De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), no Brasil, o sétimo país mais desigual do mundo, o cenário
de pandemia fez com que 8,5 milhões de mulheres perdessem seus empregos. As
mulheres chefes de família monoparentais somam 11,5 milhões. Inseridas em
jornadas múltiplas, elas conciliam trabalho, educação e lazer dos filhos,
afazeres domésticos e, agora, muitas passaram a enfrentar dificuldades
financeiras em razão da pandemia.
Desde
maio de 2020, dois meses após o início da pandemia no país, o desemprego subiu
33,1%, afetando cerca de 14 milhões de pessoas, segundo relatório da Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios Covid19 (Pnad Covid19), do IBGE. Ainda de
acordo com o Instituto, mais de dez milhões de pessoas passam fome atualmente
no Brasil. “Uma realidade dura que devemos combater”, asseverou o deputado
Túlio Gadêlha.
Via: Diário
de Pernambuco
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