segunda-feira, 15 de março de 2021

REFLEXÃO: O aperto de mãos

Até o evento da Covid-19 e o distanciamento social entrando em nossas vidas, pode-se dizer que o aperto de mão era um dos gestos mais populares do mundo. Esteja você cumprimentando alguém pela primeira vez, fechando um negócio ou fazendo as pazes depois de uma discussão, apertar as mãos era o gesto certo. As pessoas dão tanto significado aos apertos de mão que podem até mesmo afetar a primeira impressão que você deixa - firme e confiante ou mole e passiva, etc. Mas como o aperto de mão veio a ser, uma ocorrência tão comum? Acontece que o aperto de mão remonta à antiguidade. Uma das primeiras representações disso aparece na ‘Ilíada’ e ‘Odisséia’ de Homero, em relação a promessas e demonstrações de confiança.

As verdadeiras origens do gesto são obscuras, mas a teoria mais popular é que ele começou como uma forma de transmitir intenções pacíficas. Ao estender as mãos direitas vazias, estranhos podiam mostrar que não estavam segurando nenhuma arma, e o movimento para cima e para baixo deveria desalojar quaisquer facas ou adagas que pudessem estar escondidas na manga. Os historiadores acreditam que o uso diário do aperto de mão no mundo moderno foi popularizado pelos quacres do século 17, que o favoreciam em vez de tocar na aba do chapéu. Por volta de 1800, tornou-se um costume comum no Ocidente.

Em tempos de pandemia, um gesto tão simples e casual como o aperto de mãos já não é tão frequente. Pelo menos não deveria. Como não é nenhuma novidade, a Covid 19 se transmite, entre outros meios, através do toque. Aperto de mão pode ser uma boa oportunidade para a contaminação. Então antes de apertar a mão de alguém se certifique que ambos acabaram de lavaram as mãos. E melhor ainda, evite esse gesto.

Enquanto essa pandemia não é coisa do passado, confira curiosidades sobre essa prática: Esse cumprimento é um dos mais antigos e universais em toda a história da humanidade. No início, as pessoas estendiam a mão para mostrar que não estavam armadas – o gesto era, portanto, um sinal de paz, numa época em que praticamente todo mundo carregava alguma arma. (A exceção eram as mulheres, por isso o aperto de mão nasceu como hábito tipicamente masculino.)

Segundo arqueólogos e historiadores, no Egito antigo a mão estendida representava o verbo “dar” – acreditava-se que as divindades conferiam poder ao faraó ao estender as mãos para ele.

Hoje em dia – pelo menos até a pandemia passar – um aceno de longe já está de bom tamanho. Proteja-se contra a Covid 19. Evite aperto de mãos.

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