As
taxas de juros das operações de crédito caíram pelo segundo mês seguido em
janeiro, na esteira da redução dos juros básicos (Selic), segundo a Associação
Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). No
caso do cartão de crédito, a taxa média caiu de 453,74% ao ano em dezembro,
para 441,76%, em janeiro. A taxa deste mês é a menor desde abril de 2016, de
acordo com o levantamento. Também foram reduzidos os juros do cheque especial,
de 314,51% ao ano para 309,24%, e do comércio, de 98,50% ao ano para 97,61%.
Considerando
todas as linhas de crédito para a pessoa física, a taxa de juros média geral
passou de 8,16% ao mês (156,33% ao ano) em dezembro de 2016 para 8,12% ao mês
(155,20% ao ano) em janeiro de 2017 – a menor desde julho de 2016.
No
caso das linhas para pessoa jurídica, a taxa de juros média geral também caiu,
de 74,32% ao ano em dezembro de 2016 para 73,92% ao ano, em janeiro de 2017 – a
menor taxa de juros desde junho de 2016. Das três linhas de crédito
pesquisadas, duas tiveram suas taxas de juros reduzidas no mês (capital de giro
e desconto de duplicatas) e uma teve sua taxa de juros elevada no mês (conta
garantida).
Restrição do uso do rotativo
No final de janeiro, o Conselho
Monetário Nacional (CMN) aprovou a norma que restringe o prazo do crédito
rotativo do cartão de crédito. Segundo a norma, o rotativo só poderá ser usado
até o vencimento da fatura seguinte. Se na data do vencimento o cliente não
tiver feito o pagamento total do valor da fatura, o restante terá que ser
parcelado ou quitado.
O
Banco Central informou que a medida tem como objetivo tornar o uso do cartão de
crédito mais eficiente e mais barato. A expectativa é que as mudanças ajudem a
reduzir a taxa de juros do crédito. Segundo o Banco Central, o parcelamento
terá que ser “financiado em condições mais vantajosas ou liquidado
imediatamente pelo cliente”. Atualmente
o montante do crédito rotativo é de R$ 37 bilhões. Ele representa uma parcela
pequena dos R$ 700 bilhões do montante ligado a cartões de crédito.
G1
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