quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

REFLEXÃO: “Missões”, todos são prioridades

A missão de Jesus contemplou todas as regiões de Israel, as mais ricas e as mais pobres. Galileus, judeus, samaritanos e gentios puderam ouvir a sua mensagem. Gente de raças diversas.

Da perspectiva econômica ricos e pobres foram alcançados por sua graça, amor e misericórdia. Religiosos, governantes, ladrões, meretrizes, mendigos, todos eram necessitados, pois todos pecaram (Rm 3.23).

Quando Jesus comissionou os seus discípulos, o princípio foi o mesmo, ou seja, todo o Evangelho para todos os povos (Mt 28.19; Mc 16.15; At 1.8). Todos eram prioridades.

Em sua missão, o apóstolo Paulo alcançou também pobres e ricos, senhores e servos, livres e escravos, judeus e gentios, asiáticos e europeus. Todos eram prioridades (1 Co 9.19-22).

Deus não faz acepção de pessoas (Ef 6.9; 1 Pe 1.17).O Evangelho de Jesus precisa ser pregado simultaneamente em todos os lugares, pois todos os perdidos são prioridades.

Os perdidos da região amazônica, do sertão nordestino, das desenvolvidas regiões sul e sudeste, e de outras partes do Brasil, dos países pobres e ricos economicamente de todo o mundo, da América Latina à Europa, da América do Norte à Ásia, todos são prioridades.

Qualquer discurso que enfatiza uma urgência ou prioridade missionária com base em fatores socioeconômicos não se sustenta nem encontra o seu fundamento nas Escrituras.

Não é a pobreza material de povos e nações, cidades e regiões, mas sim a pobreza e a realidade espiritual que deve fundamentar a necessidade da obra missionária, e isso não significa absolutamente que não devemos nos preocupar com as questões de justiça social. Convém ressaltar que alguns pobres e miseráveis da próspera Laodicéia dos tempos bíblicos eram ricos materialmente (Ap 3.17). Todos são prioridades.

Os erros, abusos e escândalos que envolvem a obra missionária e que acontecem no campo missionário, estão em todos os lugares. Os aproveitadores da boa fé das pessoas estão no sertão brasileiro e nos países do chamado primeiro mundo. O enriquecimento ilícito, o abuso de poder, a vantagem pessoal, o nepotismo, o favorecimento familiar, a fraude, a mentira, a imoralidade, os jeitinhos e outros pecados estão acontecendo neste exato momento aí bem próximo de você, e em todas as partes do mundo. Sim, nesse exato momento há missionários e obreiros fraudulentos agindo na África e na Europa, no sertão e nas grandes capitais brasileiras, e isso não implica em deixarmos de evangelizar, orar ou de apoiar a obra missionária nestes lugares. Também não significa que não devemos nos indignar com estas coisas, mas sempre cuidando de não cometermos injustiças com generalismos. Existem ainda e sempre existirão pessoas sérias e honestas, e que foram verdadeiramente vocacionadas por Deus para a sua obra.
 
Tenhamos cuidado ao julgar um missionário e a relevância da visão missionária de uma igreja com base apenas no lugar para onde o mesmo foi enviado. Nem todos os missionários de regiões carentes economicamente são honestos em suas motivações, como também nem todos os missionários de regiões prósperas são aproveitadores. 

Todos os lugares possuem as suas necessidades e dificuldades, mudando-se apenas alguns aspectos da natureza e da intensidade destas necessidades e dificuldades. Todos são prioridades.

Para onde e quando enviar os próximos missionários? Quais e quando devem ser trazidos do campo? Essas questões demandam muita oração por parte de toda a igreja, e a busca pela orientação e direção do Deus da missão (At 13.1-3; 16.6-10), pois afinal de contas, todas as pessoas em todos os lugares são prioridades para Ele (1 Tm 2.4; Tt 2.11). Deus amou o mundo (Jo 3.16).

Pastor Altair Germano
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