sábado, 8 de fevereiro de 2025

MUNDO: Trump diz que Usaid pode ser o maior escândalo da história

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se pronunciou nesta quinta-feira (6) sobre o escândalo relacionado aos repasses feitos pela Agência de Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos (Usaid). Em uma postagem em sua rede, a Truth Social, o chefe de Estado disse acreditar que esse pode ser o maior escândalo da história.

– Parece que bilhões de dólares foram roubados da Usaid e de outras agências, muito disso vai para mídias de notícias falsas como “lucro” por criar boas histórias sobre os democratas. (…) Este pode ser o maior escândalo de todos, talvez o maior da história! Os democratas não podem se esconder desta [vez]. [É um escândalo] muito grande, muito sujo! – declarou.

Na publicação, Trump disse ainda que o site Politico “parece ter recebido” 8 milhões de dólares (R$ 46 milhões) e questionou se o jornal The New York Times ou outros veículos de imprensa também teriam recebido quantias da agência.

REPASSES POLÊMICOS

Em uma nota publicada pela Casa Branca na última segunda-feira (3), o governo americano detalhou alguns projetos polêmicos que teriam sido financiados pela Usaid, como, repasses para a EcoHealth Alliance, entidade que esteve envolvida em uma pesquisa no Instituto de Virologia de Wuhan, na China, sobre o coronavírus em morcegos.

Além disso, o governo dos Estados Unidos também elencou inúmeros repasses da Usaid para produções culturais de cunho progressista sobre diversidade, transgêneros e questões relacionadas ao “ativismo LGBT” ao redor do mundo.

Entre elas estão:

– 1,5 milhões de dólares (R$ 8,68 milhões) para “promover a diversidade, a equidade e a inclusão nos locais de trabalho e nas comunidades empresariais da Sérvia”;

– 70 mil dólares (R$ 405 mil) para produção de um “musical sobre diversidade, a equidade e a inclusão na Irlanda”;

– 47 mil dólares (R$ 272 mil) para uma “ópera transgênero” na Colômbia;

– 32 mil dólares (R$ 185 mil) para uma “história em quadrinhos transgênero” no Peru;

– 2 milhões de dólares (R$ 11,58 milhões) para mudanças de sexo e “ativismo LGBT” na Guatemala.

A lista ainda tem outros itens como “centenas de milhares de refeições que foram para combatentes afiliados à Al Qaeda na Síria” e também “centenas de milhões de dólares para financiar ‘canais de irrigação, equipamentos agrícolas’ e até fertilizantes usados ​​para apoiar o cultivo sem precedentes de papoula e a produção de heroína no Afeganistão”.

Em nota à imprensa, o governo Trump ressaltou que a agência “não tem prestado contas aos contribuintes, pois canaliza enormes somas de dinheiro para os ridículos — e, em muitos casos, maliciosos — projetos de estimação de burocratas entrincheirados, com quase nenhuma supervisão”.

A Casa Branca completou o comunicado dizendo que, no entanto, “o desperdício, a fraude e o abuso acabam agora”.

TRUMP PÕE TODOS OS FUNCIONÁRIOS EM LICENÇA

Ao voltar ao ar na última quarta (5) depois de ficar indisponível por três dias, o site da Usaid passou a apresentar uma mensagem informando sobre a decisão do presidente Donald Trump de colocar todos os funcionários em licença administrativa, exceto equipes responsáveis por missões críticas, liderança central e programas especiais.

A página também informou que o Departamento de Estado está preparando um plano para trazer de volta aos EUA os funcionários da Usaid que estão em missão em outros países. Segundo a mensagem, o governo providenciará e pagará pelas viagens. O retorno deve se dar no prazo de 30 dias e os contratos não essenciais serão rescindidos.

USAID E BOLSONARO
Michael Benz, ex-chefe da divisão de informática do Departamento de Estado dos Estados Unidos, fez uma declaração na última segunda que gerou grande repercussão no Brasil. Ao podcast War Room, de Steve Bannon, ex-assessor do presidente Donald Trump, Benz afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda estaria no cargo se a Usaid não existisse.

– Se a Usaid não existisse, Bolsonaro ainda seria presidente do Brasil, e o Brasil ainda teria uma internet livre e aberta – disse Benz.

De acordo com Benz, a entidade gastou “dezenas de milhões de dólares do contribuinte americano financiando a pressão para que projetos de lei contra a desinformação fossem aprovados” no Parlamento brasileiro, e também bancou advogados que teriam feito pressão no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – que Benz chamou de “tribunal da censura” – para reprimir tuítes de Bolsonaro.

– Eles [Usaid] construíram um polvo de censura no Brasil e ele foi construído inteiramente com a Usaid, por que a Usaid declarou Bolsonaro um Trump populista, um Trump dos trópicos, e em seguida montou essa operação para controlar o ecossistema de informações no país – completou.

Após a declaração de Benz, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disse ser “fundamental que o Congresso Nacional e demais instituições competentes investiguem o financiamento e a atuação dessas organizações em território brasileiro”.

– Transparência e soberania não podem ser negociadas. Além disso, é necessário que o Itamaraty e os órgãos de inteligência avaliem os riscos dessa interferência para a segurança institucional e política do Brasil – apontou.

Via: Pleno News 

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