Israel e o Hamas chegaram a um
acordo para trocar os corpos de quatro reféns pela libertação de centenas de
prisioneiros palestinos, disse uma fonte israelense à CNN nesta quarta-feira
(26), indicando que o cessar-fogo em Gaza permanece intacto por enquanto.
Israel atrasou a libertação de
centenas de prisioneiros e detidos palestinos desde sábado (24) em protesto
contra o que disse ser o tratamento cruel de reféns durante sua libertação pelo
Hamas e exigindo garantias de que futuras libertações de reféns ocorreriam sem
“cerimônias humilhantes”.
O Hamas libertou seis reféns
israelenses de Gaza no sábado em duas cerimônias públicas e uma transferência
privada, no que foi o retorno final de reféns vivos na primeira fase do
cessar-fogo, que começou no mês passado. Esperava-se que Israel libertasse 620
prisioneiros e detidos palestinos, incluindo 23 crianças e uma mulher, mas
autoridades israelenses atrasaram essa libertação.
O Hamas acusou Israel de
violar a trégua com o atraso, levantando incertezas sobre a continuidade do
acordo, e disse que as negociações sobre uma segunda fase não seriam possíveis
até que eles fossem libertados. Nesta quarta-feira, uma fonte israelense
familiarizada com as negociações disse que um novo acordo foi alcançado para
transferir os restos mortais de quatro reféns mantidos em Gaza em troca da
libertação de 620 prisioneiros e detidos palestinos.
O Hamas confirmou que um
acordo com Israel foi feito por meio de mediadores egípcios, mas não
especificou quantos reféns israelenses e prisioneiros e detidos palestinos
seriam libertados. A autoridade israelense confirmou à CNN que a libertação dos
restos mortais de quatro reféns mantidos em Gaza poderia acontecer já na noite
desta quarta-feira, no horário local.
O Hamas e seus aliados continuam mantendo 63 reféns israelenses em Gaza. Acredita-se que pelo menos 32 deles estejam mortos, segundo o governo israelense, sendo um deles o soldado Hadar Goldin, preso desde 2014. A trégua de 42 dias entre Israel e o Hamas deve expirar neste fim de semana, a menos que um acordo seja fechado para estendê-la. Os dois lados deveriam começar as negociações sobre o fim permanente da guerra no início do mês, mas essas discussões ainda não começaram.
Via: CNN
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