Em meio aos protestos que
tomaram a Venezuela após a contestada vitória de Nicólas Maduro nas eleições de
domingo (28), o presidente venezuelano afirma que mais de 1.200 pessoas já
foram presas e prometeu que outras mil ainda serão capturadas.
Segundo matéria do g1, María
Corina Machado, ex-deputada da assembleia nacional venezuelana, é quem lidera a
oposição que contesta o resultado, apoiados por Edmundo González, adversário de
Maduro nas eleições, e pela comunidade internacional. As acusações são de falta
de transparência da autoridade eleitoral venezuelana e há pedidos para a
publicação dos resultados das urnas.
Na quarta (31), Maduro afirmou
que María Corina Machado e Edmundo González deveriam “estar atrás das grades” e
que “a justiça chegará para eles”. A fala de Maduro, que segundo ele é uma
“opinião na condição de cidadão”, foi uma resposta a uma repórter Madeleine
García, da TV venezuelana “Telesur”, durante coletiva com membros da imprensa
nacional e internacional.
González disse nesta quinta,
por meio da rede social X, que se mantém firme após a ameaça de prisão e que
segue “ao lado do povo”. “Nunca os deixarei sozinhos e vou sempre defender sua
vontade”. Em artigo ao jornal americano “The Wall Street Journal”, María Corina
Machado disse que está escondida e que teme pela sua vida.
A PUD afirma que González, que
disputou a eleição contra o atual presidente, recebeu 67% dos votos, contra 30%
de Maduro. Diante do impasse, a Suprema Corte da Venezuela convocou os 10
candidatos à presidência –incluindo Maduro e González, a comparecerem nesta
sexta-feira (2) para começar a auditoria da eleição. Integrantes da Suprema
Corte, entretanto, foram indicados e são alinhados com Maduro.
“Admite-se, assume-se e
inicia-se o processo de investigação e verificação para certificar os
resultados do processo eleitoral”, expressou Caryslia Rodríguez, presidente da
Suprema Corte. O CNE, órgão eleitoral, também é dirigido por um aliado de
Maduro.
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