O Papa Francisco voltou a cobrar nesta quarta-feira (07/10) que as vacinas devem ser sempre criadas para o bem comum e não apenas para o sucesso financeiro de um país específico. Em uma entrevista publicada pelo site Vatican News, o pontífice disse que a saúde é um “bem comum” e que nenhum laboratório pode ser proprietário de uma possível vacina contra o novo coronavírus.
“A
vacina não pode ser propriedade do laboratório que a encontrou ou de um grupo
de países aliados só por isso. A vacina é um patrimônio da humanidade, de toda
a humanidade, é universal porque a saúde é um bem comum, como nos ensina a
pandemia [do novo coronavírus]. É um patrimônio comum, pertence ao bem comum e
esse deveria ser o critério”, disse o líder católico.
Ao falar sobre a pandemia, Francisco voltou a dizer que a humanidade “não vai sair como antes” da crise sanitária e econômica, ressaltando que “ou vamos sair melhores ou piores”. “A maneira com que sairemos disso depende das decisões que tomamos durante toda a crise”, acrescentou.
Essa
não é a primeira vez que o pontífice se manifesta sobre a vacina anti covid-19
e sua posterior distribuição. Em agosto, o religioso afirmou que “seria triste”
se a imunização fosse primeiro para os ricos e não para os mais vulneráveis.
Cerca de um mês depois, o líder católico alertou para o “surgimento de
interesses particulares […] para se apropriar de possíveis soluções, como no
caso das vacinas, para depois vendê-las aos outros”.
O Papa também foi questionado sobre a realização das celebrações e audiências religiosas sem a presença do público por conta da segurança dos fiéis, no ápice da pandemia. “Foi como falar com fantasmas. Mas, compensei essa ausência física com o telefone e com as cartas. Isso me ajudou muito a medir sobre como as famílias e as comunidades estavam vivendo”, disse ainda.
UOL com informações da ANSA
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