Nas universidades federais, a
quantidade de alunos autodeclarados negros cresceu 192% desde a promulgação da
Lei de Cotas para o ensino superior. Com a alta, pretos e pardos já são 47,4%
do total de estudantes. Em 2012, quando o texto foi promulgado, a participação
era de 20,5%.
As informações são do Censo da
Educação Superior, realizado anualmente pelo Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Elas foram analisadas pelo
(M)Dados, núcleo de jornalismo de dados do Metrópoles.
A alta, entretanto, não se
deve apenas ao maior número de alunos negros ingressando nas universidades.
Desde que a lei passou a vigorar, a quantidade de pessoas sobre as quais não
havia informação sobre raça diminuiu. Em 2012, eram 443 mil, ou 34,7% do total
de matriculados naquele ano em universidades federais. Em 2019, esse
contingente representava apenas 0,5% dos discentes (8,7 mil pessoas).
Com o crescimento da população
negra no ensino superior público federal, já são 58 instituições, das 110 sob a
responsabilidade do Ministério da Educação (MEC), que contam com a maioria de
alunos negros. Em 2012, eram apenas oito. O gráfico a seguir mostra como esse
número evoluiu entre 2012 e 2019.
Via: Metrópoles
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