
A medida apresentada pelo parlamentar roraimense segue a tendência mundial. Países como França e Reino Unido estabeleceram que até 2040 deixarão de ser vendidos carros novos a diesel ou gasolina. Já na Noruega, o prazo fixado foi até 2025.
Segundo o relator da proposta, senador Jean Paul Prates (PT-RN), o país precisar criar mecanismos que incentive o uso veículos híbridos e conciliem a eletromobilidade com os biocombustíveis. “Vamos caminhar para o debate sobre a mobilidade sustentável e renovável. As nossas matrizes e fontes devem se mesclar para que façamos um uso ideal delas”, afirmou.
Para o secretário de Empreendedorismo e Inovação do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Paulo Alvim, o Brasil precisa rediscutir o uso do combustível renovável e sustentável. “O mundo tem que discutir prazos, nós não precisamos fazer isto. Temos que aproveitar essa janela de oportunidade para debater a política de mobilidade e a produção do combustível renovável e sustentável”, disse.
Setor
A comercialização de veículos híbridos e elétricos vem crescendo nos últimos anos no país. Dados divulgados pelo diretor de estudos do Petróleo, Gás e Biocombustíveis da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) vinculada ao Ministério de Minas e Energia, José Mauro Ferreira Coelho, apontam um crescimento no número de veículos elétricos no país nos próximos anos. Os números mostram que até 2030, o Brasil terá 1 milhão de veículos elétricos. Em 2016, o país teve apenas 1.091 veículos licenciados. A tendência, até 2030, é de 180 mil por ano.
Durante o debate, o presidente da Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE), Ricardo Guggisberg, defendeu a criação de um plano nacional de eletromobilidade no país. “Todos os países que avançaram na eletromobilidade seguiram um conjunto coerente e consistente de medidas, em todos os níveis de governo, para atingir um duplo objetivo: reduzir as emissões dos gases do efeito estufa e cortar os poluentes atmosféricos das grandes cidades”, disse.
Guggisberg ressaltou ainda algumas conquistas obtidas pelo setor, como o lançamento do primeiro carro híbridos/flex produzido no país e algumas medidas adotadas por governantes que estimularam a comercialização de veículos híbridos e elétricos no Brasil. “ Temos de pensar não apenas em empregos, desenvolvimento e tecnologia, mas no futuro que queremos garantir para nossos filhos e netos”, afirmou.
Também participaram do o presidente da Associação Brasileira de Fabricantes e Portadores de Ciclomotores e Similares, Maurício Siqueira Francisco, e o diretor Técnico da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Henry Joseph Jr.
Nenhum comentário:
Postar um comentário