A Operação Compliance Zero,
que levou à prisão do banqueiro Daniel Vorcaro na segunda-feira (17), resultou
na maior apreensão já registrada em uma investigação envolvendo o Banco Master.
Ao todo, a Polícia Federal recolheu mais de R$ 230 milhões em bens, com
destaque para um jatinho avaliado em R$ 200 milhões.
Bens apreendidos:
- Aeronave (Falcon 7X):
R$ 200 milhões
- Obras de arte:
R$ 12,4 milhões
- Veículos: R$ 9,2
milhões
- Relógios de luxo:
R$ 6,15 milhões
- Dinheiro vivo:
R$ 2 milhões
- Joias: R$ 380
mil
Além disso, na terça-feira
(18), a PF apreendeu mais R$ 1,6 milhão em espécie, principalmente com o
ex-sócio do Master, Augusto Lima.
Apreensão do jatinho
O principal bem apreendido é
um Falcon 7X, matrícula PSFST, com capacidade para 12 passageiros, comprado em
agosto de 2024 pela Viking Participações Ltda, empresa da qual Vorcaro é o
único sócio. O banqueiro foi preso ao tentar embarcar nessa aeronave — segundo
a PF, com destino final à ilha de Malta.
A defesa afirma que ele não
tentava fugir, e que a viagem seria para Dubai, onde buscaria fechar uma
operação de venda do Banco Master. Disse ainda que Malta seria apenas escala
para abastecimento.
O que diz a investigação
A PF e o Ministério Público
Federal investigam fraudes na gestão do Banco Master. Segundo os
investigadores:
- o banco teria vendido ao BRB R$ 12,2
bilhões em carteiras de crédito inexistentes;
- documentos supostamente falsos teriam sido
enviados ao Banco Central para justificar a operação.
Além de Vorcaro e Augusto
Lima, também foram presos preventivamente os diretores Luiz Antonio Bull,
Alberto Feliz de Oliveira e Angelo Antonio Ribeiro. Todos são suspeitos de
participar das fraudes.
Os investigados podem
responder por gestão fraudulenta, gestão temerária, organização criminosa,
entre outros crimes.
Contexto
Em setembro, o Banco Central
rejeitou a compra de uma fatia do Banco Master pelo BRB após cinco meses de
análise. Um dos motivos foi o risco de o BRB ser contaminado por ativos
considerados “podres” do Master.
Com informações do blog
Fausto Macedo – Estadão



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