A PF (Polícia Federal)
deflagrou, na manhã desta quinta-feira (13/11), a terceira fase da Operação
Fake Agents III, com o objetivo de desarticular um grupo criminoso responsável
por fraudes milionárias em contas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço)
pertencentes a jogadores de futebol, ex-jogadores e treinadores. O prejuízo
estimado ultrapassa R$ 7 milhões.
Nesta etapa, os agentes da PF cumpriram quatro mandados de busca e apreensão na capital fluminense, três em residências de funcionários da Caixa Econômica Federal, localizadas nos bairros da Tijuca, Ramos e Deodoro, e um na agência do banco no Centro do Rio. A investigação teve início com o caso do jogador peruano Paolo Guerrero, que teve cerca de R$ 2,2 milhões desviados de sua conta de FGTS por meio de documentos falsos. Essa fraude deu origem à primeira fase da operação.
Na segunda fase, as
investigações levaram à advogada Joana Costa Prado de Oliveira, apontada como
responsável por coordenar os saques fraudulentos. Segundo a PF, ela utilizava
seus contatos em agências da Caixa no Rio de Janeiro para facilitar o levantamento
indevido dos valores. A advogada teve a carteira da OAB (Ordem dos Advogados do
Brasil) suspensa.
Com o avanço das apurações, a
terceira fase passou a investigar funcionários da Caixa que colaboravam com o
esquema. Foi a partir dessa etapa que os investigadores constataram que as
fraudes ocorreram em diversas agências da Caixa no Rio de Janeiro, envolvendo
outros jogadores e treinadores.
Os inquéritos da PF apuram
denúncias apresentadas pelo técnico Oswaldo de Oliveira e pelo zagueiro
Christian Chagas Tarouco, o Titi, ambos vítimas de saques irregulares em contas
vinculadas ao FGTS. Há também indícios de irregularidades relacionadas aos valores
do ex-treinador da Seleção Brasileira, Luiz Felipe Scolari, o Felipão.
A operação é conduzida pela
UIS/Delefaz (Unidade de Investigações Sensíveis da Delegacia de Repressão a
Crimes Fazendários), com apoio da área de inteligência e segurança da Caixa.
Os investigados poderão
responder pelos crimes de falsificação de documento público, estelionato e
associação criminosa, sem prejuízo de novas imputações que possam surgir com o
avanço das investigações.
A CNN tenta contato com a
advogada Joana Costa Prado de Oliveira e mantém espaço aberto para que se
manifeste sobre as investigações.


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