sábado, 29 de março de 2025

POLÍTICA: Rogério confirma pré-candidatura a governador e prega união da oposição

O senador Rogério Marinho (PL) confirmou que é pré-candidato ao governo do Rio Grande do Norte em 2026. Ele afirmou que o grupo político formado nas eleições municipais de 2024, que inclui nomes como o prefeito de Natal, Paulinho Freire (União); o ex-prefeito Álvaro Dias (Republicanos); o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União), e o senador Styvenson Valentim (PSDB), está trabalhando para se manter unido para as próximas eleições.

“Vamos trabalhar para que o grupo esteja unido em 2026. Já me coloquei como pré-candidato, mas outros nomes também estão na mesa. Esse processo vai passar por uma depuração natural”, afirmou.

Rogério afirmou que existe um compromisso entre ele e Styvenson para que um não dispute contra o outro. Caso Styvenson se candidate ao governo, ele não concorrerá ao cargo. Isso vale caso o senador decida buscar a reeleição. “O primeiro compromisso que estabelecemos foi esse. Se ele for candidato ao governo, eu não serei. Se for ao Senado, terá meu apoio”, garantiu.

Além de defender a manutenção do grupo, o senador falou sobre a necessidade de apresentar um projeto consistente, que vá além da crítica ao atual governo. E prometeu que a candidatura que for à disputa estadual pela oposição terá propostas concretas para áreas como saúde, segurança e geração de emprego. “A crítica pela crítica não se sustenta. É preciso apresentar soluções. E é isso que faremos”.

O senador aproveitou para lançar oficialmente o projeto Rota 22, que terá início no Estado com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no dia 11 de abril. A caravana vai percorrer o país com o objetivo de consolidar a identidade programática do Partido Liberal e formar quadros políticos. Segundo Marinho, a escolha do RN como ponto de partida tem motivação política e estratégica. “Foi aqui que tivemos o pior desempenho eleitoral em 2022. Vamos começar de onde precisamos crescer”.

Ele anunciou ainda o roteiro da visita de Bolsonaro ao RN: desembarque em Natal na madrugada do dia 11, saída pela manhã para Acari, onde visitarão a “Cidade da Moda”, empreendimento iniciado quando Rogério era ministro do Desenvolvimento Regional. De lá, seguirão para a Barragem de Oiticica, no Seridó, e finalizarão o dia com um seminário em Pau dos Ferros.

Rogério acusou o governo estadual de ter sido o responsável pelo atraso na conclusão de Oiticica. Segundo ele, o projeto recebeu mais de R$ 300 milhões durante o governo Bolsonaro, mas não foi finalizado por “incapacidade do governo de desalojar 12 famílias”. “Não sei se foi incompetência ou outra coisa. Mas a barragem só não está pronta por causa do governo do Estado”.

Também criticou a gestão da governadora Fátima Bezerra (PT), afirmando que o RN vive um “desgoverno” e uma “catástrofe social e econômica”. Disse que o Estado não tem plano de segurança, sofre com estradas deterioradas, saúde sucateada e ausência de uma política clara de geração de emprego. “Nosso papel é apresentar um projeto alternativo. A população do RN precisa de uma opção real”.

“Sem Styvenson, os hospitais não estariam sendo construídos”, afirma Rogério Marinho

Rogério Marinho saiu em defesa de Styvenson Valentim, que tem sido alvo de críticas por afirmar que está construindo hospitais no RN. Segundo ele, a construção de unidades oncológicas em Currais Novos, Natal e Mossoró só está acontecendo por causa de um acordo prévio feito por Styvenson com as entidades que administram esses hospitais.

A polêmica gira em torno do fato de que os recursos alocados por Styvenson são, tecnicamente, de custeio – ou seja, destinados à manutenção de despesas como folha de pagamento, insumos e contas básicas. Críticos apontam que o senador estaria enganando a população ao se apresentar como responsável pela construção física das unidades.

E rebateu: “Essa discussão é uma filigrana. O que importa é que os hospitais só estão sendo construídos porque o senador Styvenson destinou recursos. Sem isso, não haveria obra. Ele negociou com as instituições: o dinheiro será usado para pagar o custeio, liberando outras fontes para a construção. É simples. E é legítimo”.

Para ele, o ataque a Styvenson é parte de uma tentativa deliberada de destruir sua imagem. “Estamos vendo uma narrativa de meias verdades, orquestrada por setores ligados ao governo do Estado. Já lançaram a pré-candidatura da governadora ao Senado e sabem que ela está em desvantagem nas pesquisas. Styvenson hoje lidera. Então resolveram atacar”, afirmou.

Rogério classificou a ação como “assassinato de reputação” e “estratégia suja de quem não tem o que mostrar”. Disse que a tentativa de desqualificar a atuação de Styvenson não irá prosperar. “O senador tem sido um dos parlamentares mais ativos do RN. Tem entregado, tem resultados. Quem tenta negar isso está fora da realidade”, afirmou.

“Bolsonaro incomoda porque é o maior líder popular do Brasil”, diz Rogério

O senador não deixou dúvidas quanto ao peso político de Jair Bolsonaro. Segundo ele, o ex-presidente é hoje a maior liderança popular do país e sua força nas ruas incomoda setores do poder. “Bolsonaro chateia muito mais do que um elefante. Ele é ovacionado onde quer que vá. E isso incomoda. Por isso querem retirá-lo do jogo”.

Rogério afirmou que Bolsonaro não está politicamente morto, mesmo após ter sido tornado inelegível. Disse que o ex-presidente continua sendo o nome mais citado no país e que o apoio popular a ele é evidente. “Se você for ao Google, verá que Bolsonaro é o político mais mencionado do Brasil. Lula fala nele todos os dias. É obsessivo”.

Sobre a possibilidade de uma reversão da inelegibilidade, o senador foi categórico: “Se Lula, que foi condenado em três instâncias e passou mais de 500 dias preso, pôde voltar à Presidência por uma tecnicalidade, por que Bolsonaro não poderia voltar também? Não vamos aceitar passivamente o sepultamento político de um líder com apoio popular”.

Para ele, há um movimento claro para excluir Bolsonaro da corrida eleitoral. “Querem que ele saia do caminho porque ele atrapalha muita gente. Mas ele está vivo politicamente. E nós, do PL, continuamos ao lado dele”.

O senador também criticou o Supremo Tribunal Federal (STF), que, segundo ele, tem extrapolado suas funções. “O STF virou um superpoder. Interfere no Legislativo, no Executivo, na política. Isso é muito grave”, alertou.

Via: Agora RN 

Nenhum comentário:

Postar um comentário