O Vaticano anunciou neste
sábado (15) que o papa Francisco aprovou um novo processo de três anos para
considerar reformas na Igreja Católica, sinalizando que, apesar de sua luta
contínua contra uma pneumonia bilateral, o pontífice de 88 anos tem a intenção
de continuar no cargo.
Francisco decidiu expandir o
trabalho do Sínodo dos Bispos, uma iniciativa de seu papado, que discutiu temas
como a possibilidade de mulheres atuarem como diaconisas e a maior inclusão de
pessoas LGBTQIA+ na Igreja. O Sínodo, que realizou uma cúpula inconclusiva
sobre o futuro da Igreja em outubro do ano passado, agora realizará consultas
com católicos ao redor do mundo nos próximos três anos, antes de sediar uma
nova cúpula em 2028.
A aprovação do novo processo
de reformas foi feita por Francisco na terça-feira (11) no hospital Gemelli em
Roma, onde está internado. O papa está hospitalizado há mais de um mês, e sua
ausência pública prolongada gerou especulações sobre a possibilidade de ele
seguir os passos do antecessor Bento XVI e renunciar ao papado. No entanto,
amigos e biógrafos insistem que ele não tem planos de renunciar, e a aprovação
de um novo processo de três anos indica que ele pretende continuar, apesar das
dificuldades para se recuperar da pneumonia, agravadas pela sua idade e
condições médicas.
“O Santo Padre […] está
ajudando a impulsionar a renovação da Igreja em direção a um novo impulso
missionário”, afirmou o cardeal Mario Grech, líder do processo de reforma, ao
meio de comunicação do Vaticano. “Este é realmente um sinal de esperança.” Após
a cúpula inconclusiva do Vaticano em outubro, que não resultou em decisões
sobre reformas concretas, surgiram dúvidas sobre a força do pontificado de
Francisco. Autoridades do Vaticano disseram que o papa ainda estava
considerando mudanças e esperava receber uma série de relatórios sobre reformas
em junho.
Os boletins médicos mais
recentes do Vaticano informam que o papa está se recuperando e não corre mais
risco imediato de morte, embora os médicos não tenham divulgado uma data para
sua alta do hospital. Simpatizantes se reuniram todos os dias em frente ao
hospital para demonstrar apoio a Francisco durante sua recuperação.
Stefania Gianni, uma italiana
em tratamento de câncer na unidade, elogiou Francisco neste sábado (15),
dizendo: “Ele deu grandes passos para atualizar a Igreja com os tempos. Ele é
um grande homem e um grande papa, e a Igreja ainda precisa dele.”
Via: Bahia BA
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