O
arcebispo Charles Scicluna, de Malta, secretário adjunto no escritório doutrinário do Vaticano
e conselheiro do papa Francisco, disse que a Igreja Católica deveria “pensar
seriamente” em permitir que padres se casem. Em entrevista publicada no
domingo, 7, pelo jornal Times of Malta, ele indicou ser “provavelmente a
primeira vez” que opina publicamente e que acredita isso “parecerá herético
para algumas pessoas”.
“Se
dependesse de mim, eu revisaria a exigência de que os padres sejam
celibatários”, defendeu. “A experiência me mostrou que isso é algo em que
precisamos pensar seriamente”.
Organizador
da cúpula inédita sobre abusos sexuais cometidos por bispos, Scicluna
argumentou que padres se casavam no primeiro milênio da história católica,
acrescentando que a troca de alianças é permitido nas Igrejas orientais. Ele
afirmou, ainda, que a entidade “perdeu muitos grandes sacerdotes que escolheram
o casamento”.
O religioso de 64 anos contrapôs que “há lugar” para o celibato na Igreja, mas que era preciso entender que padres também se apaixonam. Em uma sinuca de bico, Scicluna acrescentou que eles precisam escolher “entre ela [a mulher que amam] e o sacerdócio” e que, como consequência, “alguns padres lidam com isso envolvendo-se secretamente em relacionamentos sentimentais”.
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