O último Boletim InfoGripe da
Fiocruz divulgado recentemente apontou uma manutenção de queda ou estabilização
nos casos positivos para Sars-CoV-2 na população adulta na maioria dos estados,
além de possível queda ou estabilização nos casos associados ao vírus influenza
A nessa faixa etária. Nas crianças, o vírus sincicial respiratório (VSR)
continua como o principal identificado, porém já apresenta sinais de queda na
maioria dos estados.
Em
Minas Gerais, o aumento recente na população infantil pode estar associado ao
crescimento do rinovírus e do metapneumovírus. O cenário nacional mostra queda
nos novos casos de SRAG nas tendências de longo prazo (últimas seis semanas) e
de curto prazo (últimas três semanas). Referente à Semana Epidemiológica (SE)
29, período de 16 a 22 de julho, a pesquisa tem como base os dados inseridos no
Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até
24 de julho.
Nos
estados, de acordo com a análise, cinco apresentam sinal de crescimento de SRAG
na tendência de longo prazo: Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rondônia e
Rio Grande do Sul. O estudo verificou ainda que em Minas Gerais e no Rio Grande
do Sul o crescimento de SRAG se observa também nas crianças pequenas, embora em
Minas os dados laboratoriais não apontem associação ao VSR. No Acre e Pará há
indicíos de interrupção de crescimento de SRAG nas crianças pequenas, porém
mantendo patamar elevado. No Paraná, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e
Sergipe também se mantém indícios de estabilidade em valores expressivos nas
crianças pequenas.
Entre
as capitais, sete apresentam crescimento: Belém, Belo Horizonte, Campo Grande,
Natal, Porto Alegre, Porto Velho e Vitória. “Na maioria dessas capitais o sinal
está presente fundamentalmente nas crianças ou na população a partir de 65
anos. Curitiba, Rio Branco e São Paulo, embora não apresentem sinal de
crescimento recente, mantêm estabilidade em patamar elevado de SRAG nas
crianças pequenas”, destaca o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do Boletim
InfoGripe.
Nas
quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como
resultado positivo para vírus respiratórios foi de 8,0% para influenza A, 3,8%
para influenza B, 35,1% para VSR e 23,1% para Sars-CoV-2 (Covid-19). Entre os
óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 18,1% para
influenza A, 4,8% para influenza B, 9,5% para VSR e 45,7% para Sars-CoV-2
(Covid-19).


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