A
previsão do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira este
ano subiu de 2,26% para 2,29%. A estimativa está no boletim Focus de hoje 14,
pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), em Brasíulia, com a projeção para os
principais indicadores econômicos.
Para
o próximo ano, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB, a
soma dos bens e serviços produzidos no país) é de crescimento de 1,3%. Em 2025
e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,9% e 2%,
respectivamente. Já a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA) – considerada a inflação oficial do país – também foi mantida em
4,84% neste ano, a mesma da semana passada. Para 2024, a estimativa de inflação
ficou passou de 3,88% para 3,86%. Para 2025 e 2026, as previsões são de 3,5%
para os dois anos.
A estimativa para este ano está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3,25% para 2023, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior 4,75%. Segundo o BC, no último Relatório de Inflação, a chance de a inflação oficial superar o teto da meta em 2023 é de 61%. A projeção do mercado para a inflação de 2024 também está acima do centro da meta prevista, fixada em 3%, mas ainda dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual. Em julho, influenciado pelo aumento da gasolina, o IPCA foi de 0,12%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa ficou acima das observadas no mês anterior (-0,08%) e em julho de 2022 (-0,68%). Com o resultado, a inflação oficial acumula 2,99% no ano. Em 12 meses, a inflação é de 3,99%, acima dos 3,16% acumulados até junho.
Para
o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre 2023 em 11,75% ao
ano. Para o fim de 2024, a estimativa é que a taxa básica caia para 9% ao ano.
Já para o fim de 2025 e de 2026, a previsão é de Selic em 8,5% ao ano para os
dois anos. Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter
a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos
encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Mas,
além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros
cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas
administrativas. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a
expansão da economia. Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o
crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o
controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.
Por
fim, a previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar está em R$ 4,93
para o fim deste ano. Para o fim de 2024, a previsão é de que a moeda americana
fique em R$ 5.
Via: Agora. RN
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