A inflação da Argentina
registrou alta de 5,1% em maio. Com o resultado, o índice de preços do país foi
a 60,7% no acumulado de 12 meses.
Esse é o maior valor em 30
anos. A variação de maio bateu a de abril, que já tinha sido a maior desde
1992. Na época, a Argentina saía de um período de hiperinflação e tinha o
índice anual em 76%. Os dados foram divulgados pelo Indec (Instituto Nacional
de Estatística e Censos) na 3ª feira (14.jun.2022). Eis a íntegra do relatório
(694 KB).
A meta definida pelo governo
de Alberto Fernández com o FMI (Fundo Monetário Internacional) é de 38% a 48%
no final de 2022. Mensalmente, a inflação argentina desacelerou, de uma alta de
6% em abril para 5,1% em maio. No acumulado do ano até maio, a inflação está em
29,3%. O cenário econômico argentino ainda conta com a disparada do dólar
paralelo, chamado de dólar blue, que agora é vendido a 224 pesos. O valor
ultrapassa o de janeiro deste ano, quando o mercado local mostrava incerteza
sobre os rumos do acordo com o FMI, quando o dólar era negociado a 223 pesos
(sem correção pela inflação).
Em comparação, a cotação pelo
dólar oficial está em 127 pesos, segundo dados do Banco Central Argentino até a
3ª feira (14.jun). Assim, a diferença entre a cotação oficial do país para a
paralela é de 97 pesos. A alta do índice de preços é o que pressiona o valor do
dólar. Investidores estão incertos sobre a capacidade do governo de pagar
dívidas públicas com a inflação em um patamar recorde em relação às últimas 3
décadas.
RESULTADOS DE MAIO
A inflação da Argentina foi impulsionada pelos preços de saúde. A categoria
registrou a maior alta do mês, com 6,2%. Os transportes vem em seguida, com
alta de 6,1%. O preço dos combustíveis é o que mais impacta a categoria. O país
enfrenta uma escassez de diesel, o que também afeta as cadeias de suprimento
argentinas. Na comparação anual, a categoria de transportes tiveram alta de
56,7%.
Via: Poder 360
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