Domingo (20) e segunda-feira
(21), mais de 46 milhões de italianos foram chamados às urnas – o voto na
Itália não é obrigatório – para um referendo para reduzir o número de deputados
e senadores e eleições administrativas em algumas regiões. Embora somente 53%
dos italianos tenham votado, o caso mais curioso de abstenção aconteceu em
Lesina, uma cidadezinha de pouco mais de 6 mil habitantes, na região da Puglia,
no sul do país, que elegeria seu novo prefeito.
A vitória quase certa do topógrafo, Primiano Di Mauro, de 52 anos, único concorrente, não se concretizou: dos 5.756 eleitores, somente 49,01% haviam ido às urnas. Assim, por apenas 58 votos não foi alcançado o quórum mínimo de 50% e assim o sufrágio foi anulado. “Posso dizer que foi uma dura batalha. Nossa lista possuía vários jovens que iriam debutar na vida pública. Infelizmente não conseguimos o número mínimo. Aceito com grande tristeza a derrota, mas continuarei lutando”, contou Primiano, por telefone à Época.
O candidato recebeu mais de
2600 votos. “Uma das razões que explica essa rara obtenção, talvez a primeira
no gênero na Itália, é a campanha realizada pela oposição para que os moradores
não fossem às urnas. Foram distribuídos panfletos e ações nas redes sociais. Um
acinte à democracia”, critica.
Primiano Di Mauro avisa que o
resultado desfavorável não o fará abandonar a política. Pelo contrário. “Meu
projeto continua. A política é a minha paixão. Espero porém que meus opositores
tenham a dignidade de aceitar um confronto democrátivo nos palanques e nas
urnas. E que deixem a população escolher o melhor candidato”, incita ele que,
em maio deste ano, havia pedido demissão do cargo de vice-prefeito para se
apresentar às eleições regionais com a chapa “Lesina Azzurra”, ligada ao
partido Liga Norte.
Via: Época
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