O ministro das Relações
Exteriores da China, Wang Yi, afirmou nesta quarta-feira (6), durante uma
ligação telefônica com o assessor especial da Presidência brasileira, o
embaixador Celso Amorim, que o Brasil possui o apoio da China na resistência ao
“comportamento de intimidação” praticado na imposição de tarifas excessivas. As
informações são do portal InfoMoney.
Segundo a reportagem, o
ministro chinês reforçou o apoio do país asiático a proteção dos direitos
brasileiros e a oposição do governo de Xi Jinping à interferência externa
“irracional” nos assuntos internos do Brasil. É importante notar que, apesar do
apoio, Wang Yi evitou citar diretamente os Estados Unidos, apesar de se referir
a situações ligadas ao imbróglio político-econômico entre os dois países.
A manifestação do ministro
ocorre no mesmo dia em que o ‘tarifaço’ de 50%, imposto pelo presidente dos
EUA, Donald Trump, sobre os produtos brasileiros, entra em vigor, e dias depois
da Casa Branca protestar contra a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de
decretar a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Bolsonaro, e mais
especificamente seu julgamento, tem sido um dos principais temas que envolvem
os desentendimentos entre Brasil e EUA. Em diversas ocasiões no último mês,
Trump demonstrou seu apoio ao ex-presidente e criticou a ação contra ele,
definindo como uma “caça às bruxas”, e questionando a legitimidade do processo.
Além disso, na carta enviada
por Trump ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), onde anunciava a
taxação contra os produtos brasileiros, o republicano citou o julgamento contra
Bolsonaro como um dos fatores que influenciaram na decisão.
Via: Bahia
BA
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