As Forças Armadas de Israel
convocaram dezenas de milhares de reservistas nesta quarta-feira (20) como
parte dos preparativos para o esperado ataque à Cidade de Gaza. A medida ocorre
enquanto o governo israelense considera uma nova proposta de cessar-fogo após
quase dois anos de guerra na região. As informações são da agência britânica
Reuters e do portal InfoMoney.
Segundo a reportagem, a
convocação sinaliza que Israel está avançando em seu plano para tomar o
controle do maior centro urbano da Faixa de Gaza, mesmo com as críticas
internacionais a uma operação que provavelmente forçará o deslocamento de
muitos outros palestinos. O gabinete de segurança israelense, presidido pelo
primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, aprovou o plano no início do mês,
prevendo uma expansão da campanha israelense em Gaza, com o objetivo de tomar a
cidade homônima.
O plano, amplamente criticado
pela comunidade internacional, gerou pedidos de reconsideração até dos aliados
mais próximos de Israel, mas Netanyahu, que vem sendo pressionado por alguns
membros a extrema-direita israelense de sua coalizão para rejeitar um
cessar-fogo temporário, tem ignorado um debate sobre o tema.
Uma fonte militar ouvida pela
agência afirmou, no entanto, que os soldados da reserva não devem se apresentar
ao serviço até setembro. A medida visa garantir aos mediadores algum tempo para
preencher as lacunas entre o grupo militante palestino Hamas e Israel sobre os
termos do cessar-fogo.
O oficial detalhou ainda que,
como parte do planejamento para uma nova ofensiva em Gaza, as forças
israelenses planejam o uso de cinco divisões operando no enclave, mas sem a
expectativa de que a maioria dos reservistas sirva em combate na Cidade de Gaza.
“Passaremos para uma nova fase
de combate, uma operação gradual, precisa e direcionada na Cidade de Gaza e em
seus arredores, que atualmente é o principal reduto militar e governamental do
Hamas”, disse a autoridade.
Iniciada há quase dois anos,
em 7 de outubro de 2023, a guerra entre Israel e Hamas já levou a morte de mais
de 62.000 palestinos em campanhas das forças israelenses, informaram
autoridades de saúde de Gaza. Eles não detalharam, no entanto, quais destes eram
militantes, mas disseram que a maioria dos mortos eram mulheres e crianças.
Via: Bahia BA


Nenhum comentário:
Postar um comentário