Na carta enviada pela CNI ao
secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, o presidente da
entidade, Ricardo Alban, diz que o tarifaço imposto por Donald Trump ao Brasil
prejudicaria diretamente 6.500 empresas americanas que dependem de produtos
brasileiros.
O documento de quatro páginas
foi enviado ainda ao embaixador Jamieson Greer, representante de Comércio dos
Estados Unidos. O objetivo de Alban foi abrir um canal de diálogo para impedir
que o setor produtivo brasileiro fosse tarifado em 50%.
No texto, Alban mostra que, ao
buscar estabelecer uma dura sanção ao Brasil, o governo Trump atingiria
diretamente sua própria economia, ameaçando empregos e a histórica parceria
econômica entre as duas maiores democracias do Hemisfério Ocidental.
“Embora as tarifas sejam
frequentemente vistas como uma ferramenta de alavancagem, estas tarifas
específicas de 50% sobre produtos brasileiros são uma ferida auto infligida,
prejudicando diretamente empresas americanas e brasileiras, consumidores
americanos e brasileiros, e cadeias de suprimentos de ambas as nações”, disse
Alban no documento despachado em 21 de julho, dias antes do recuo parcial dos
EUA no tarifaço.
“Mais de 6.500 pequenas
empresas americanas dependem diretamente de produtos importados do Brasil. São
empresas da Main Street, empregando trabalhadores americanos, que enfrentarão
custos mais altos, competitividade reduzida e potenciais demissões”, seguiu
Alban.
Segundo a CNI, a medida
elevará os custos para as famílias americanas, tornando os produtos do dia a
dia mais caros e erodindo o poder de compra. Semelhante situação, certamente,
ocorrerá com as empresas, empregos e famílias brasileiras.


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