A CGT (Confederação Geral do
Trabalho), uma das principais centrais sindicais da Argentina, criticou a
ministra do Capital Humano, Sandra Pettovello, por não ter recebido os
manifestantes que formaram uma fila de mais de 20 quarteirões na 2ª feira
(5.fev.2024) em frente à sede do órgão.
Segundo
a central sindical, a ministra “exibiu a atitude política do governo nacional
face às reivindicações” de organizações sociais. A fila foi formada em resposta
a uma declaração de Pettovello feita na 5ª feira (1º.fev). Um grupo foi à sede
do ministério denunciar a redução da assistência alimentar a restaurantes
comunitários. A ministra saiu do edifício e disse: “É assim que vou fazer.
Vocês estão com fome? Venham um por um, vou anotar seu número de identificação,
seu nome, de onde vocês são e vocês receberão ajuda individualmente”
Depois
da declaração da ministra, organizações sociais organizaram a chamada “fila
contra a fome”, iniciada na porta do Ministério do Capital Humano. O porta-voz
da Presidência, Manuel Adorni, disse que a ministra não receberia as pessoas.
“Não era a intenção da ministra que as pessoas passassem mal ao Sol com estas
temperaturas”, declarou. Pouco depois, a própria ministra declarou que não
havia convocado as pessoas e que não as receberia.
“O
último elo da dignidade humana esgota-se quando a necessidade mais básica, que
é alimentar, não pode ser satisfeita”, escreveu a CGT em um comunicado
divulgado na noite de 2ª feira (5.fev) no X (antigo Twitter). “Perante a
condição urgente da fome, não pode haver outra prioridade senão uma resposta
ativa e uma atitude de compaixão” que se sobreponha “a qualquer posição
ideológica”, disse a central sindical.
A
CGT declarou que não se pode esperar para resolver “a situação de indigência e
pobreza estrutural de pessoas vulneráveis”. Segundo a organização, “o risco de
uma crise alimentar com consequências imprevisíveis” está próximo, uma vez que
“as diferentes variáveis econômicas” estão “compondo um panorama invulgarmente
crítico” para os próximos meses.
“Não
é com a arrogância de fechar as portas a quem reclama, nem com a indiferença de
se fazer de surdo a quem precisa, que conseguiremos avançar num quadro de
sanidade e diálogo em busca de soluções”, concluiu.
Via: Poder 360
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