Israel assolou Gaza com fogo
de artilharia e ataques aéreos nesta sexta-feira, 13, visando túneis de
militantes palestinos para tentar deter os ataques de foguete persistentes
contra cidades israelenses.
Em uma ofensiva de 40 minutos
antes do amanhecer, ao menos 13 palestinos foram mortos, incluindo uma mãe e
seus três filhos, cujos corpos foram recuperados dos escombros de sua casa,
disseram autoridades de saúde de Gaza. A operação israelense incluiu 160
aeronaves, além de tanques e fogo de artilharia, fora da Cidade de Gaza, disse
o coronel Jonathan Conricus, porta-voz dos militares de Israel.
As levas de foguetes
palestinos contra o sul de Israel vieram na sequência no quinto dia dos
combates mais intensos entre Israel e militantes de Gaza desde 2014. Mais
tarde, uma autoridade militar israelense disse que mais de 2 mil foguetes foram
disparados de Gaza a Israel desde o início do conflito e que seu país destruiu
vários quilômetros de túneis usados pelos militantes. Pelo menos 126 pessoas
foram mortas em Gaza desde segunda-feira (10), incluindo 31 crianças e 20
mulheres, e 950 ficaram feridas, disseram autoridades médicas palestinas.
Entre os oito mortos em Israel
estão um soldado que patrulhava a fronteira de Gaza e seis civis israelenses,
incluindo duas crianças, segundo autoridades israelenses. O Egito lidera os
esforços internacionais para obter um cessar-fogo e impedir que o conflito se
dissemine. Fontes de segurança disseram que nenhum dos lados parece receptivo
até agora, mas uma autoridade palestina disse que as negociações se
intensificaram nesta sexta-feira. O secretário-geral da Organização das Nações
Unidas (ONU), António Guterres, apelou por um cessar-fogo imediato.
“Os combates têm o potencial de desencadear
uma crise humanitária e de segurança irrefreável e fomentar ainda mais o
extremismo…”, disse o porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric. O presidente
francês, Emmanuel Macron, também pediu a volta da paz durante uma conversa
telefônica com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
O Hamas, grupo islâmico que
comanda Gaza, disparou os ataques de foguete na segunda-feira para retaliar
choques da polícia israelense com palestinos perto da mesquita de Al-Aqsa, o
terceiro local mais sagrado do islã, em Jerusalém Oriental. Desde então, os
episódios de violência se espalharam em cidades onde judeus e a minoria árabe
de Israel convivem lado a lado.
Também houve confrontos entre
manifestantes palestinos e forças de segurança israelenses na Cisjordânia
ocupada, onde autoridades de saúde disseram que 11 palestinos foram mortos
nesta sexta-feira.
Via: Agora/RN
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