As doenças transmitidas pelo
mosquito Aedes aegypti mostram cenários adversos ao longo deste ano no Rio
Grande do Norte. Enquanto os casos confirmados de dengue e chikungunya caíram
72,9% e 51,8%, respectivamente, o número de infecções causadas pelo Zika vírus
aumentou 165,1% – saindo de 89 (em 2019) para 236 (em 2020). Os números são
relativos às Semanas Epidemiológicas 1 a 40 (de 29 de dezembro de 2019 a 3 de
outubro de 2020). As informações constam no mais recente Boletim Epidemiológico
da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap/RN).
Conforme o Boletim, do final
de dezembro de 2019 ao início de outubro deste ano foram notificados 1.324
casos suspeitos de Zika. Desses, 236 foram confirmados e 760 descartados. A
incidência da doença apresentou uma taxa de 37,75 casos por 100.000 habitantes
no período. De 29 de dezembro de 2019 a 16 de maio deste ano, as maiores
incidências foram nos municípios de Serra de São Bento, Fernando Pedrosa e
Mossoró. De 17 de maio a 3 de outubro, essa incidência aumentou nas cidades de
Assú, Mossoró, Fernando Pedrosa e São Rafael.
Em 2019, no intervalo de tempo
similar (de 29 de dezembro de 2018 a 3 de outubro de 2019) foram notificados
1.606 casos, sendo confirmados 89 e descartados 469 casos, com incidência de
45,80 casos por 100.000 habitantes. Em 2019, os municípios que mais notificaram
casos de Zika em gestantes foram: Natal (162), Parnamirim (51), Lagoa Nova (11)
e Santa Cruz (9). Os municípios que mais notificaram casos de Zika em gestantes
no ano 2020 foram: Mossoró (22), Açu (6) e Natal (4).
Sobre os números relativos à
Zika, a Sesap/RN destacou que, apesar da pandemia, as equipes de Vigilância em
Saúde conseguiram atuar de maneira “mais efetiva”, e que o ano de 2019 terminou
com casos sem fechamento, devido à indisponibilidade de coleta de material. A
Secretaria atribuiu a esses fatores a razão do aumento de um ano para o outro.
“Ressalta-se que a Zika é
confirmada por sorologia reagente e as amostras da coleta são encaminhadas
pelos municípios ao Laboratório Central do Estado”, disse a pasta em nota. Por
esse motivo, a Secretaria afirmou não ser capaz de precisar o motivo da
indisponibilidade de coleta no ano anterior, já que as razões poderiam variar a
cada município.
Via: Tribuna do Norte
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