O Ministério da Saúde da República
Democrática do Congo anunciou nesta quinta-feira (9) que usará uma vacina
experimental contra o Ebola para populações de alto risco na província de Kivu
do Norte. O país vive o segundo surto de Ebola esse ano com 17 casos
confirmados.
"O Ebola é agressivo e nós devemos responder de forma ainda mais
agressiva. Começar a vacinação rapidamente é o primeiro passo", disse
Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial de Saúde
(OMS), em nota.
O ministro
da Saúde do país e agentes foram os primeiros a receber o imunizante. Há 3220
doses disponíveis para a vacina e mais doses foram solicitadas. A vacina,
desenvolvida pela Merck em 2016, se mostrou segura em testes com humanos, mas
ainda é experimental por não ter uma licença.
O imunizante
foi testado em 11841 pessoas em 2015 na Guiné. Com o nome de rVSV-ZEBOV, nenhum
caso de Ebola foi registrado no grupo que tomou a vacina. Já dentre os não
imunizados, foram registrados 23 casos da doença.
Entre 4 de
abril e 13 de maio, a República Democrática do Congo viveu o seu primeiro surto
em 2018, com 19 mortes. O surto entre 2014 e 2016 foi o mais complexo desde que
o vírus foi descoberto em 1976. No total, foram mais de 11 mil
mortes.
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