O papa
Francisco voltou a pedir neste domingo (10) em um comunicado "sensatez e
prudência", após a decisão polêmica dos Estados Unidos de reconhecer
Jerusalém como capital de Israel. "O
Santo Padre volta a pedir sensatez e prudência de todos e faz orações
fervorosas para que os dirigentes das nações, neste momento particularmente
grave, se comprometam a evitar uma nova espiral de violência", afirma o
comunicado divulgado pelo Vaticano.
Na
quarta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reconheceu
Jerusalém como capital de Israel, uma decisão duramente criticada pela
comunidade internacional. Nos territórios palestinos foram registrados
confrontos por três dias consecutivos, que já deixaram quatro palestinos mortos. O papa Francisco expressou sua "dor" após os
confrontos.
O pontífice já havia
expressado preocupação na quarta-feira ao pedir "respeito ao status
quo" de Jerusalém, de acordo com as resoluções das Nações Unidas. O
Vaticano destacou neste domingo que acompanha com "grande atenção" a
situação no Oriente Médio, e especialmente em Jerusalém, "cidade sagrada
para judeus, cristãos e muçulmanos do mundo inteiro".
O
pontífice também pediu aos líderes internacionais que "respondam com atos
e palavras aos desejos de paz, justiça e segurança das populações destas terras
martirizadas". E antes do início das reuniões convocadas pela Liga Árabe e
a Organização para a Cooperação Islâmica, o Vaticano "recorda sua posição
bem conhecida no que diz respeito ao caráter único da Cidade Sagrada
(Jerusalém) e à necessidade absoluta de respeitar o status quo, em acordo às
decisões da comunidade internacional".
A
Santa Sé também recorda que "apenas uma solução negociada entre
israelenses e palestinos pode levar a uma paz estável e duradoura e garantir
uma coexistência pacífica entre dois Estados dentro de fronteiras reconhecidas
internacionalmente".
Desarmamento
nuclear
O Papa Francisco pediu ainda neste
domingo aos líderes mundiais que trabalhem a favor do desarmamento nuclear para
proteger os direitos humanos, em particular os de pessoas mais desfavorecidas. O pontífice disse que havia uma necessidade
de "trabalhar com determinação para construir um mundo sem armas
nucleares", falando da janela do apartamento papal com vista para a praça
de São Pedro.
Com
as crescentes tensões
entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte,
o Papa alertou, repetidamente, contra os catastróficos efeitos humanitários e
ambientais dos dispositivos nucleares e pediu que um terceiro país faça a
mediação da disputa. Na oração semanal do Angelus, ele acrescentou que homens e
mulheres do mundo tinham "a liberdade, a inteligência e a capacidade de
orientar a tecnologia, limitar seu poder, a serviço da paz e do verdadeiro
progresso".
Via: G1
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