O Papa Francisco recebeu na manhã deste
sábado, 21, na Sala Clementina, cerca de 450 participantes no Encontro
promovido pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, que
está se realizando em Roma e será concluído neste domingo, 22. Em seu discurso,
o Santo Padre partiu precisamente do tema do encontro “Catequese e pessoas
portadoras de deficiência: atenção prestada pela Igreja na vida diária”.
Segundo o Pontífice,
trata-se de um tema de grande importância para a vida eclesial na sua obra de
evangelização e formação cristã, sobre a qual comentou: “É ainda muito forte,
na mentalidade comum, certa atitude de rejeição desta condição humana, como se
ela nos impedisse de sermos felizes e de nos realizarmos. Prova disso é a
tendência ‘eugenética’ de eliminar os nascituros que apresentam qualquer imperfeição”,
disse.
E para o Papa Francisco,
nada como o amor para tornar estas pessoas mais acolhidas. “Não aquele falso,
bajulador e piedoso, mas aquele verdadeiro, concreto e respeitoso. Na medida em
que se é acolhido e amado, se desenvolve um percurso real da vida e de uma
felicidade duradoura. Isto vale para todos, sobretudo para as pessoas mais
frágeis”, afirmou.
.
Neste sentido, recordou o
Santo Padre, a fé é uma grande componente da vida, enquanto permite tocar com a
mão a presença do Pai, que nunca deixa suas criaturas sozinhas, em nenhuma
condição em que se encontre. “A Igreja não pode ser ‘áfona’ ou ‘desentoada’ na
defesa e promoção das pessoas portadoras de deficiência. A sua proximidade às
famílias as ajuda a superar a solidão, em que se encontram, por falta de
atenção e apoio. Isto vale ainda mais pela responsabilidade que tem ao gerar e
formar a vida cristã”.
Por fim, o Santo Padre
chamou a atenção, especialmente dos ministros de Cristo, para que não caiam no
erro neopelagiano de não reconhecer a exigência da força da graça, que brota
dos Sacramentos da iniciação cristã. “Procuremos buscar e até inventar, com
inteligência, instrumentos adequados, para que ninguém sinta falta do apoio da
graça. Formemos, com o exemplo, catequistas capazes de acompanhar os portadores
de deficiência, afim de que possam crescer na fé e na vida da Igreja. Ou
melhor, que tais pessoas possam ser também catequistas, mediante seu
testemunho”.
Via: Canção Nova
Nenhum comentário:
Postar um comentário