Um
ataque com drones em Bagdá, no Iraque, matou nesta quinta-feira (4) chefes de
uma milícia ligada ao governo do Irã.
Segundo
a coalizão de grupos armados iraquianos, o ataque matou altos cargos da
organização Hashd Al Shaabi, financiada pelo governo iraniano. Membros dos
governos do Irã e do Iraque culparam os Estados Unidos. Washington ainda não
havia se pronunciado oficialmente sobre o caso, mas fontes das Forças Armadas
dos EUA confirmaram à agência Reuters a autoria pelo ataque.
O
caso acontece um dia depois de um ataque no Irã matar cerca 84 pessoas que participariam de uma
homenagem a Qassam Soleimani, o ex-comandante da Guarda
Revolucionária do Irã morto pelos Estados Unidos. O Estado Islâmico reivindicou
a autoria do atentado. Segundo a polícia de Bagdá, um drone disparou pelo menos
dois foguetes sobre uma instalação do grupo miliciano, no leste de Bagdá.
Outras duas pessoas, ainda não identificadas, também morreram, de acordo com a
polícia.
À
Reuters, militares dos EUA alegaram que o atentado foi uma resposta a
ataques recentes a soldados norte-americanos baseados no Iraque e na Síria. Os
Estados Unidos têm 2.500 soldados destacados no Iraque e 900 na vizinha Síria,
em tentativa de impedir o ressurgimento do Estado Islâmico.
Desde
7 de outubro, quando a guerra entre Israel e o movimento palestino Hamas
começou na Faixa de Gaza, as tropas norte-americanas e as da coalizão
internacional destacadas nos dois países têm sido alvo de ataques quase diários
de drones e foguetes. A maioria desses ataques foi reivindicada por grupos
relacionados com a milícia Hashd Al Shaabi, que se opõem ao apoio dos Estados
Unidos a Israel.
O
governo iraquiano acusou a coalizão internacional liderada pelos EUA que atuam
no Iraque e classificou o episódio como "agressão", segundo um
comunicado. “As Forças Armadas iraquianas responsabilizam as forças de
coligação internacional por este ataque injustificado a uma entidade de
segurança iraquiana”, disse o porta-voz militar do primeiro-ministro,
referindo-se ao ataque de quinta-feira.
A
milícia comandada pelos alvos do ataque, a Hashd Al Shaabi, reúne ex-militares
xiitas próximos ao regime do Irã e que agora estão integrados às forças
regulares iraquianas.
Via: G1
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