Apesar da reação inicial positiva, o mercado espera definições mais claras da nova política. A estatal teve alta de 2,49% em suas ações preferenciais, que foram as mais negociadas da sessão, no pregão desta terça. Já as ordinárias registraram ganho de 2,24%. Segundo a Petrobras, o novo modelo vai considerar a busca por clientes e o custo de oportunidade de venda dos produtos. As cotações internacionais, porém, ainda serão acompanhadas, e os reajustes dos combustíveis continuarão sem periodicidade definida. Em comunicado, o presidente da estatal, Jean Paul Prates, afirmou que a estratégia comercial tornará a Petrobras mais eficiente e competitiva. A nova política continua seguindo referências do exterior, mas aliada ao cenário interno, adotando uma postura de evitar repassar volatilidade para o mercado doméstico.
Os novos valores entram em vigor nesta quarta-feira 17 e já refletem a nova política de preços, que abandonou o conceito de paridade de importação, que simula quanto custaria para importar os produtos. O repasse para o consumidor, porém, depende de políticas comerciais de distribuidoras e postos. Segundo a Petrobras, seu preço de venda da gasolina nas refinarias será de R$ 2,78 por litro. Considerando os outros componentes do preço, como impostos e o etanol anidro, a empresa estima que o preço médio final fique em torno de R$ 5,20 por litro.
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, descartou a leitura de que o fim da paridade na importação como baliza para o preço de petróleo possa ser interpretado como uma intervenção do governo na companhia. “Não há intervenção no sentido de dizer ‘bote o preço assim’. Não. Os instrumentos da Petrobras, de competitividade e rentabilidade da companhia, estão integralmente garantidos. O que estamos falando aqui é de um modelo que vai garantir a ela ter o melhor preço para o seu cliente, como qualquer outra empresa.”
“O presidente Lula, quando fez a campanha, disse o que eu estou dizendo aqui: não faz sentido um país lutar pela autossuficiência, não faz sentido todos [os presidentes] desde Getúlio [Vargas] lutarem para ter parque de refino e, depois, a gente praticar o preço do importado como se a gente importasse 100%.”
Via: Agora RN
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