O dom da paciência foi o ponto
central da homilia do Papa Francisco nesta terça-feira, 2, Festa da
Apresentação do Senhor e Dia Mundial da Vida
Consagrada.
Francisco
falou aos consagrados sobre três “lugares” onde ela concretiza: a vida pessoal,
a vida comunitária e o mundo. E deixou um apelo: paciência corajosa para
procurar o que o Espírito Santo sugere. O Evangelho do dia traz a
figura de Simeão. O Papa destacou que Simeão soube esperar com paciência o
cumprimento das promessas do Senhor. Mesmo com o passar dos anos, manteve acesa
a esperança e não se deixou levar pelo tempo passado. “A paciência de
Simeão é espelho da paciência de Deus”, disse.
Vida pessoal
Da paciência de Simeão e de Deus, o Papa partiu para a paciência na vida consagrada. Ele indicou os três lugares onde ela se concretiza, sendo o primeiro deles a vida pessoal. Francisco
recordou que, um dia, os consagrados responderam ao chamado do Senhor, mas ao longo do
caminho também tiveram decepções e frustrações. E reconheceu que pode acontecer
da esperança esmorecer por causa disso. “Devemos
ter paciência conosco e esperar, confiantes, os tempos e as modalidades de
Deus: Ele é fiel às suas promessas. Lembrar-nos disto permite repensar os
percursos e revigorar os nossos sonhos, sem ceder à tristeza interior e ao
desânimo. Vida comunitária
A vida comunitária é o segundo lugar onde se concretiza a paciência, segundo Papa Francisco. Nesse âmbito, o Pontífice considerou as situações de conflitos, mas enfatizou a necessidade de saber dar tempo ao tempo e procurar não perder a paz. “Nas
nossas comunidades, requer-se esta paciência mútua: suportar, isto é, carregar
aos próprios ombros a vida do irmão ou da irmã, incluindo as suas fraquezas e
defeitos. Lembremo-nos disto: o Senhor não nos chama para ser solistas, mas
para fazer parte dum coro, que às vezes desafina, mas sempre deve tentar cantar
em conjunto”.
Paciência com o mundo
O último ponto abordado pelo Santo Padre na homilia de hoje foi a paciência com o mundo. Aqui o Papa citou o exemplo de Simeão e Ana, que mantiveram a esperança mesmo se ela tardou a se realizar, mesmo diante das ruínas do mundo. Simeão e Ana não ficaram lamentando o que estava errado, frisou o Pontífice, mas souberam esperar.
“Precisamos
desta paciência, para não acabarmos prisioneiros das lamentações: ‘o mundo já
não nos escuta’, ‘já não temos vocações’, ‘vivemos tempos difíceis’… Às vezes
acontece que, à paciência com que Deus trabalha o terreno da história e do
nosso coração, opomos a impaciência de quem julga tudo imediatamente. E assim
perdemos a esperança”.
Francisco
concluiu a homilia reconhecendo os desafios da vida consagrada e convidando os
consagrados a não pararem diante deles. “Precisamos
da paciência corajosa de caminhar, explorar novos caminhos, procurar aquilo que
o Espírito Santo nos sugere. Contemplemos a paciência de Deus e imploremos a
paciência confiante de Simeão, para que também os nossos olhos possam ver a luz
da Salvação e levá-la a todo o mundo.
Sobre o dia da vida consagrada
O Dia Mundial da Vida Consagrada foi instituído pelo Papa João Paulo II, hoje santo da Igreja, em 1997. A data é celebrada anualmente em 2 de fevereiro, Festa da Apresentação do Senhor.
Reflexão do Pontífice foi na Missa pelo Dia Mundial
da Vida Consagrada; ele indicou três lugares onde ela se concretiza
Via: Canção Nova

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