De uma só vez, os consumidores
estão precisando lidar com o novo aumento da gasolina, do óleo diesel e do gás
de cozinha. Os novos preços promovidos pela Petrobras nas refinarias começaram
a vigorar nesta terça-feira (9), com a perspectiva de que mais reajustes
continuem acontecendo no preço final do produto. Com tantas oscilações para
cima, revendedores de gás e postos de combustíveis dizem não estar conseguindo
segurar os preços sem repassar ao consumidor final. O Sindicato dos
Revendedores Autorizados de Gás Liquefeito de Petróleo (Singás-RN) adianta que
o gás de cozinha deve ter novo aumento já nesta quinta-feira (11) e o preço do
botijão de 13 quilos pode ir a R$ 91. Nos postos de abastecimento de
combustível, o reflexo do reajuste que entrou em vigor nesta terça-feira (9)
deve chegar aos consumidores nos próximos dias.
O Singás-RN informou que no último dia 2 de fevereiro tinha
sido efetivado mais um acréscimo no Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final
(PMPF), que é utilizado como base de cálculo do ICMS. Seis dias depois, as
distribuidoras de gás informaram que a Petrobras aplicaria mais um reajuste de
5,15% no preço do GLP, ou seja, foram duas alterações, em menos de 10 dias, na
composição do preço do botijão. “A Petrobras anunciou esse aumento para a zero
hora desta terça-feira. Quando as distribuidoras receberem e passarem para os
revendedores, esse aumento também chegará ao consumidor final. Nossa expectativa
é de que isso aconteça já nesta quinta-feira”, disse o presidente do sindicato,
Francisco Correia.
Para ele, não há previsão de que esses aumentos parem de
acontecer. Com este último já são doze reajustes consecutivos, onerando o
valor, dois somente este ano. “Infelizmente, essa alta nos preços não vai parar
porque existe um monopólio da Petrobras que tem 100% da produção no País. Não
temos um plano B. Além disso, a estatal não teve aumento de custos com
funcionários, derivados, com nada. Apenas aumentou a margem de lucro. É algo
que está fora do nosso controle de revenda”, argumentou, reforçando que a
quebra do monopólio e o aumento da concorrência poderiam frear essa onda
infinita de aumento no preço do gás.
Com o reajuste da Petrobras, o GLP (gás liquefeito de
petróleo), o gás de botijão, aumenta R$ 0,14 por kg nas refinarias e passará a
custar, nas refinarias, R$ 2,91 por kg (ou R$ 37,79 por 13 kg). O preço da
gasolina vendida pelas refinarias às distribuidoras aumentará 8,2%. Com isso, o
preço médio do litro do combustível sobe R$ 0,17 e passará a ter preço de saída
de R$ 2,25. Já o óleo diesel aumentou cerca de 6% (R$ 0,13 por litro) e passará
a custar R$ 2,24.
A estatal destacou em nota que os valores praticados nas
refinarias são diferentes dos percebidos pelo consumidor final no varejo. Até
chegar ao consumidor, são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para
aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis pelas distribuidoras, no
caso da gasolina e do diesel, além dos custos e margens das companhias
distribuidoras e dos revendedores de combustíveis.
Via: Tribuna do Norte
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