A Câmara dos Deputados dos
Estados Unidos votou no início da noite desta segunda-feira (28) a favor do
aumento do estímulo individual de US$ 600 para US$ 2.000, endossando uma medida
pedida pelo presidente Donald Trump e por senadores republicanos para ou
aprovar a quantia maior ou contestar o presidente, cuja exigência por
pagamentos maiores quase afundou todo o pacote de estímulo.
A votação, que alcançou apenas a maioria de dois terços necessária para passar na Câmara, veio um dia depois de Trump finalmente assinar um pacote de auxílio de US$ 900 bilhões que ele inicialmente denunciou como uma “desgraça” e se recusou a assinar, exigindo inesperadamente que os legisladores mais que triplicassem os pagamentos diretos aos cidadãos de baixa renda. “O presidente dos Estados Unidos apresentou isto como algo que ele quer ver e parte de ele ter assinado a lei ontem”, disse a presidente da Câmara, Nancy Pelosi. “Espero que essa opinião seja compartilhada pelos republicanos do Senado, porque vamos aprovar esta lei hoje.”
A legislação, aprovada por 275 votos a favor e 134 contra, teve o apoio de 44 deputados republicanos. Ao assinar a lei de auxílio no domingo à noite, Trump declarou em um comunicado que o Senado “iniciaria o processo de votação” sobre a legislação que aumentaria os pagamentos diretos e prometeu que “virá muito mais dinheiro”.
Mas
não está claro se o Senado vai apoiar tal medida. Os senadores republicanos
resistiram a aumentar os pagamentos, citando preocupações sobre o deficit
orçamentário federal, e o senador Mitch McConnell, do Kentucky, líder da
maioria, em um comunicado no domingo, não fez menção aos pagamentos de US$
2.000 ou a qualquer das afirmações do presidente sobre os próximos passos da
câmara alta, que ele controla.
Os
deputados republicanos ficaram visivelmente frustrados com o pedido. Alguns dos
aliados mais próximos do presidente, incluindo os deputados Steve Scalise, da
Louisiana, o republicano nº 2, e Jim Jordan, de Ohio, votaram contra a medida,
e Kevin Brady, do Texas, o principal republicano na Comissão de Meios e
Medidas, queixou-se no plenário da Câmara de que a proposta foi “jogada para
nós apressadamente no último minuto” e não ajudaria os mais necessitados.
“Temo
que esse aumento de US$ 463 bilhões não faça o que é necessário, estimular a
economia ou ajudar os trabalhadores a voltar ao trabalho”, disse Brady.
Via: Folha
de S. Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário