As ações da Petrobras desabaram na Bolsa
brasileira (B3) na manhã desta quarta-feira (15/5), depois da divulgação
da demissão do presidente da estatal, Jean Paul Prates, que ocorreu na noite
anterior. Por volta das 10h50, as ações ordinárias da companhia, que dão
direito a voto em assembleias, recuavam 9,46%, cotadas a R$ 38,89.
Prates, que é senador pelo
Rio Grande do Norte (RN), será substituído por Magda Chambriard. No
governo Dilma Rousseff, ela foi presidente da Agência Nacional de Petróleo
(ANP). Esta não foi a primeira vez neste ano que os papéis da empresa sofreram
um forte baque por causa da atuação do governo, o maior acionista da Petrobras.
Em março, a estatal entrou na lista das 10 companhias que mais perderam valor
de mercado em 2024, com queda de R$ 55,3 bilhões em um dia. Antes disso, ela
figurava no topo do ranking oposto – no qual eram agrupadas as que registraram
maior valorização.
A reversão do desempenho das ações ocorreu logo após a
divulgação do balanço do quarto trimestre do ano passado. Em 2023, o lucro da
estatal caiu 33,8% em relação a 2022. Ainda assim, ela alcançou o segundo
maior lucro líquido de sua história. O problema maior, porém, foi que o
Conselho da Administração da companhia adiou a decisão sobre o pagamento de
dividendos extraordinários de R$ 43 bilhões aos acionistas. A maioria dos
conselheiros ligados ao governo vetou o repasse desses dividendos. Na ocasião,
Prates balançou e quase caiu.
Fonte: Metrópoles
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