A permanência de Jean Paul
Prates na presidência da Petrobras parece fortalecer-se após reuniões
estratégicas entre o presidente Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
A situação, que anteriormente indicava uma saída iminente de Prates, mudou consideravelmente,
de acordo com fontes do governo.
Haddad participou de duas reuniões com Lula nesta
segunda-feira 9, uma pela manhã, com duração de 1 hora e 30 minutos, e outra à
noite, com 40 minutos de duração. O presidente convocou o ministro para um
encontro extraoficial no domingo à noite, porém decidiu cancelá-lo após a
informação vazar para a imprensa.
O respaldo de Haddad à permanência de Prates é considerado
significativo, já que sua opinião costuma ter grande influência nas decisões de
Lula. O ministro está preocupado com a turbulência na governança da Petrobras,
especialmente devido a rumores sobre embates entre o ministro das Minas e
Energia, Alexandre Silveira, e o presidente da estatal.
Silveira tem discutido com outros ministros a possibilidade
de Prates continuar na Petrobras, desde que haja uma mudança de postura
alinhada aos interesses do governo. Apesar das críticas de Silveira a Prates,
ecoando opiniões semelhantes às de Lula, o presidente tem indicado a
interlocutores que o ministro exagerou nos últimos dias.
A demissão de Prates neste momento poderia ser interpretada
como uma vitória de Silveira, algo que Lula aparentemente não deseja. Quanto à
distribuição de dividendos extraordinários, fontes do governo indicam que a
questão está resolvida, com a Petrobras planejando distribuir metade desses
dividendos até o final do mês, conforme defendido por Prates semanas atrás.
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