Em
fevereiro, Fernandez foi acusado de desvio de dinheiro público para a
contratação irregular de seguros para funcionários públicos. Além do
ex-presidente, outras duas pessoas investigadas tiveram os bens bloqueados pela
Justiça da Argentina. São elas:
Héctor Martínez Sosa, amigo de
Fernandez e corretor; María Cantero, esposa de Héctor e ex-secretária de Fernandez. De acordo com o
Clarín, a investigação envolve um decreto publicado por Fernandez em 2021, que
obriga o setor público a contratar serviços de seguro. A norma também exigia
que a contratação fosse feita exclusivamente com a empresa Nación Seguros.
A investigação aponta que
contratos foram fechados com a participação de outras seguradoras, em forma de
cosseguro. Essas negociações envolveram a participação de intermediários, como
Héctor Martínez Sosa, segundo a reportagem. A Justiça aponta que os
intermediadores teriam recebido comissões em valores acima do praticado no
mercado ou foram selecionados de forma irregular por departamentos do governo.
Os cinco maiores
intermediadores, incluindo uma empresa em nome de Héctor Martínez Sosa,
receberam 2,7 bilhões de pesos (R$ 16 milhões, na cotação atual) em comissões
desde 2020, o que representa 80% de todas as comissões pagas.
Outras
pessoas também estão sendo investigadas.
Alberto Fernández deixou a Presidência da Argentina em dezembro de 2023, sendo sucedido pelo atual presidente Javier Milei. Em fevereiro deste ano, após ser acusado de desviar dinheiro público, Fernández disse em uma entrevista que não roubou nada e que não autorizou ou participou de nenhuma negociação.
Via: G1
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