Uma resolução do CNE (Conselho
Nacional de Educação) avalia a necessidade do retorno presencial das aulas como
algo “urgente e indispensável para assegurar o direito à educação de todas as
crianças e jovens do país”. Levantamento do UOL apontou que pelo menos oito
estados e o Distrito Federal pretendem ampliar as aulas presenciais em agosto.
No documento, o CNE traz novas sugestões para a educação durante a pandemia. Uma delas é a possibilidade de as escolas aderirem ao contínuo curricular no próximo ano, ou seja unir os currículos de 2021 e de 2022. O parecer aguarda ainda homologação do MEC (Ministério da Educação), o que não tem prazo para acontecer.
Além disso, o texto do conselho traz dados de como o
fechamento das escolas impactou na aprendizagem dos estudantes. Segundo a
pesquisa, em média, a cada ano da fase de alfabetização as crianças agregam 4
pontos de aprendizagem. Serão necessários mais de 11 anos para recuperar a
aprendizagem perdida.
Para a presidente do CNE, Maria Helena Guimarães de Castro, a grande mudança do parecer em relação aos divulgados no ano passado é o cenário da pandemia no país. “Agora temos um controle maior, com 20% da população totalmente imunizada, quase 50% já tomou a primeira dose e o avanço da imunização dos profissionais da educação. Tudo isso indica uma situação de maior segurança”, disse.
Dados do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância)
mostram que cerca de 5,5 milhões de crianças e adolescentes ficaram sem acesso
à educação em 2020. Ao todo, 80% dos alunos em idade escolar, entre 6 e 17
anos, mesmo matriculados em escolas, não tiveram acesso ao ensino remoto ou
presencial.
Via: Uol
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