O policial militar Francis
Avante, de 34 anos, saiu em 17 de novembro de 2020 para resolver um problema
mecânico em sua moto, no bairro da Penha, Zona Leste de São Paulo. Nunca mais
voltou para casa. No caminho, interceptado por criminosos, foi assassinado com
um tiro na nuca. “Meu primo foi executado.
Não deram nem chance de ele correr. Outros três motociclistas o fecharam. Ele
se rendeu, levantou as mãos, pediu pelo amor de Deus. Quando fizeram a busca
nele, acharam uma arma, descobriram que era policial e atiraram. Ceifaram a
vida de um homem trabalhador, pai de família”, conta o primo, o
também policial Felipe Tonhazzini.
Francis Avante é apenas um dos policiais assassinados no
Brasil em 2020, um ano marcado pela alta nas mortes de agentes, mesmo em plena
pandemia. Foram 198 vidas perdidas, um acréscimo de 10% em relação a 2019. O
crescimento ocorre após três anos seguidos de queda nos óbitos de policiais.
O número de pessoas mortas pela polícia, por sua vez, teve
ligeira queda (-3%), contrastando com a alta no número de agentes assassinados
e de crimes violentos no geral. Ainda assim, é um número alarmante: 5.660
pessoas foram mortas por forças policiais no Brasil. A expressiva baixa de
mortes no Rio de Janeiro teve impacto direto na redução nacional, mesmo com o
crescimento registrado em 17 unidades da federação.
Mais informações em G1
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