Manifestações contrárias ao
golpe militar em Mianmar registraram confronto com as forças de
segurança que abriram fogo e mataram ao
menos 13 pessoas nesta quarta-feira (7) em diversas
partes do país, segundo informações da imprensa local.
De acordo com a Associação de Assistência a Prisioneiros
Políticos, mais de 850 pessoas foram mortas durante protestos no país desde o
golpe de 1º de fevereiro. Ao menos 11 dos mortos foram baleados em um protesto
na cidade de Kale, no noroeste do país, segundo reportagem do site Myanmar Now.
Outros dois morreram durante a repressão a outra manifestação em Bago, próxima
a Yangon, maior cidade do país.
A tomada do
poder pelos militares desencadeou a maior onda de protestos pró-democracia em
décadas no país. Segundo a agência de notícias Reuters uma série de explosões
foi ouvida em Yangon, inclusive em edifícios do governo, e uma fábrica chinesa
foi incendiada – não há registro de feridos neste ataque, segundo o Corpo de
Bombeiros.
A embaixada dos
Estados Unidos em Yangon disse ter recebido relatos de "bombas sonoras
caseiras, ou fogos de artifício usados para criar ruído e causar danos
mínimos". O comandante militar do país disse que o movimento de
desobediência civil "está destruindo Mianmar".
Expulsão da embaixada
Também nesta quarta, o embaixador de Mianmar em Londres, Kyaw
Zwar Minn disse à agência Reuters que foi forçado a deixar a sede da diplomacia
do país após romper com os militares. A junta militar chamou o embaixador para
consultas em março, depois que o diplomata emitiu um comunicado pedindo a
libertação da líder civil destituída, Aung San Suu Kyi.
Manifestantes se
reuniram em torno da embaixada em Londres nesta quarta-feira, quando foi
divulgado que o embaixador não poderia entrar. O regime tem reprimido
essas manifestações com muita violência, e também tem recebido críticas
internacionais e sanções econômicas por isso. Os protestos são – em sua maioria – pacíficos e os manifestantes
costumam carregar cartazes com mensagens incentivando atos de desobediência
civil.
Golpe em Mianmar
Alegando fraude eleitoral, uma junta
militar tomou o poder em 1º de fevereiro, após prender a cúpula do governo e a
maior liderança política de Mianmar, Aung San Suu Kyi.
ENTENDA: O golpe militar em Mianmar
No mês passado, o governo proibiu concentrações, mobilizou veículos blindados, e efetuou prisões noturnas contra opositores para tentar minar os protestos.
Via: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário