quinta-feira, 8 de abril de 2021

MUNDO: Novos ataques a protestos em Mianmar deixam ao menos 13 mortos

Manifestações contrárias ao golpe militar em Mianmar registraram confronto com as forças de segurança que abriram fogo e mataram ao menos 13 pessoas nesta quarta-feira (7) em diversas partes do país, segundo informações da imprensa local.

De acordo com a Associação de Assistência a Prisioneiros Políticos, mais de 850 pessoas foram mortas durante protestos no país desde o golpe de 1º de fevereiro. Ao menos 11 dos mortos foram baleados em um protesto na cidade de Kale, no noroeste do país, segundo reportagem do site Myanmar Now. Outros dois morreram durante a repressão a outra manifestação em Bago, próxima a Yangon, maior cidade do país.

A tomada do poder pelos militares desencadeou a maior onda de protestos pró-democracia em décadas no país. Segundo a agência de notícias Reuters uma série de explosões foi ouvida em Yangon, inclusive em edifícios do governo, e uma fábrica chinesa foi incendiada – não há registro de feridos neste ataque, segundo o Corpo de Bombeiros.

A embaixada dos Estados Unidos em Yangon disse ter recebido relatos de "bombas sonoras caseiras, ou fogos de artifício usados para criar ruído e causar danos mínimos". O comandante militar do país disse que o movimento de desobediência civil "está destruindo Mianmar".

Expulsão da embaixada

Também nesta quarta, o embaixador de Mianmar em Londres, Kyaw Zwar Minn disse à agência Reuters que foi forçado a deixar a sede da diplomacia do país após romper com os militares. A junta militar chamou o embaixador para consultas em março, depois que o diplomata emitiu um comunicado pedindo a libertação da líder civil destituída, Aung San Suu Kyi.

Manifestantes se reuniram em torno da embaixada em Londres nesta quarta-feira, quando foi divulgado que o embaixador não poderia entrar. O regime tem reprimido essas manifestações com muita violência, e também tem recebido críticas internacionais e sanções econômicas por isso. Os protestos são – em sua maioria – pacíficos e os manifestantes costumam carregar cartazes com mensagens incentivando atos de desobediência civil.

Golpe em Mianmar

Alegando fraude eleitoral, uma junta militar tomou o poder em 1º de fevereiro, após prender a cúpula do governo e a maior liderança política de Mianmar, Aung San Suu Kyi.

ENTENDA: O golpe militar em Mianmar

No mês passado, o governo proibiu concentrações, mobilizou veículos blindados, e efetuou prisões noturnas contra opositores para tentar minar os protestos.

Via: G1


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