
“Cerca de 50% das empresas
pesquisadas falaram que perderam os seus clientes, ou seja, não tem demanda.
Isso reduz recursos na empresa. Esses empresários não vão ter dinheiro e
precisarão de crédito”, comenta o coordenador da pesquisa, Paulo Bezerra, sobre
os reflexos da crise. Na visão do analista do Sebrae, houve uma estagnação do
consumo, com alta apenas dos segmentos de alimentação e saúde.
“O consumo praticamente parou
e as necessidades principais hoje são nas áreas de alimentação e saúde.
Segmentos que até então estavam em alta, como beleza, estética e moda, passaram
a ser atividades secundárias. As empresas também terão de adotar de vez o
digital. Não dá para comercializar neste momento sem estar na internet”, ressalta.
Todos os dados obtidos na
pesquisa serão mostrados na próxima quarta-feira (29), às 19h, pelo
superintendente do Sebrae-RN, José Ferreira de Melo Neto, durante uma
transmissão ao vivo pelo canal da instituição no YouTube. Ele, juntamente com
técnicos do Sebrae, vai comentar os principais resultados do estudo e
apresentar as ações do Sebrae no combate aos efeitos dessa crise.
A pesquisa também ratificou a
dificuldade financeira em que se encontram os pequenos negócios no Rio Grande
do Norte. 88,3% dos empreendimentos de pequeno porte verificaram uma redução no
faturamento mensal depois do advento do coronavírus. E o déficit nas caixas
registradoras não é baixo. A redução média de receitas é superior a 67% quando
comparado ao que era faturado em períodos antes da crise. O impacto foi maior
entre os MEIs e os proprietários de empresas de pequeno porte – aquelas com
faturamento anual entre R$ 360 mil e R$ 4,8 milhões.
Demissões
O
Sebrae verificou ainda os reflexos da crise no quadro de funcionários dos pequenos
negócios, que tiveram de se virar para manter o nível de empregados. Segundo a
pesquisa, 78% das 235 empresas ouvidas e que tinham pessoas empregadas não
demitiram. No entanto, tomaram medidas, como dar férias coletivas (29,7%),
suspensão do contrato de trabalho (20,4%) ou redução da jornada de trabalho com
redução de salários (15,7%).
Já 22% que tiveram de dar as
contas dos colaboradores – uma média de quatro empregados por negócio. Porém,
71% desses empreendedores pretendem recontratar o corpo funcional depois da
crise. Pela pesquisa, as demissões foram mais frequentes em empreendimentos do
setor industrial (35,7%) do que no comércio e serviços – setores mais afetados
com as medidas de restrição – com taxas de 15,1% e 12,2% respectivamente.
Via: Blog do FM
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