terça-feira, 28 de abril de 2020

ECONOMIA: Mais de 50% das pequenas empresas do RN só conseguem se manter por mais 28 dias



“Cerca de 50% das empresas pesquisadas falaram que perderam os seus clientes, ou seja, não tem demanda. Isso reduz recursos na empresa. Esses empresários não vão ter dinheiro e precisarão de crédito”, comenta o coordenador da pesquisa, Paulo Bezerra, sobre os reflexos da crise. Na visão do analista do Sebrae, houve uma estagnação do consumo, com alta apenas dos segmentos de alimentação e saúde.  

“O consumo praticamente parou e as necessidades principais hoje são nas áreas de alimentação e saúde. Segmentos que até então estavam em alta, como beleza, estética e moda, passaram a ser atividades secundárias. As empresas também terão de adotar de vez o digital. Não dá para comercializar neste momento sem estar na internet”, ressalta.

Todos os dados obtidos na pesquisa serão mostrados na próxima quarta-feira (29), às 19h, pelo superintendente do Sebrae-RN, José Ferreira de Melo Neto, durante uma transmissão ao vivo pelo canal da instituição no YouTube. Ele, juntamente com técnicos do Sebrae, vai comentar os principais resultados do estudo e apresentar as ações do Sebrae no combate aos efeitos dessa crise.

A pesquisa também ratificou a dificuldade financeira em que se encontram os pequenos negócios no Rio Grande do Norte. 88,3% dos empreendimentos de pequeno porte verificaram uma redução no faturamento mensal depois do advento do coronavírus. E o déficit nas caixas registradoras não é baixo. A redução média de receitas é superior a 67% quando comparado ao que era faturado em períodos antes da crise. O impacto foi maior entre os MEIs e os proprietários de empresas de pequeno porte – aquelas com faturamento anual entre R$ 360 mil e R$ 4,8 milhões.

Demissões
O Sebrae verificou ainda os reflexos da crise no quadro de funcionários dos pequenos negócios, que tiveram de se virar para manter o nível de empregados. Segundo a pesquisa, 78% das 235 empresas ouvidas e que tinham pessoas empregadas não demitiram. No entanto, tomaram medidas, como dar férias coletivas (29,7%), suspensão do contrato de trabalho (20,4%) ou redução da jornada de trabalho com redução de salários (15,7%).

Já 22% que tiveram de dar as contas dos colaboradores – uma média de quatro empregados por negócio. Porém, 71% desses empreendedores pretendem recontratar o corpo funcional depois da crise. Pela pesquisa, as demissões foram mais frequentes em empreendimentos do setor industrial (35,7%) do que no comércio e serviços – setores mais afetados com as medidas de restrição – com taxas de 15,1% e 12,2% respectivamente.

Via: Blog do FM
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